Polícia

31/10/2019 09:30

Morre auxiliar de cozinha que teve corpo queimado pela ex-namorada

Rapaz estava internado em estado grave desde sábado

31/10/2019 às 09:30 | Atualizado 31/10/2019 às 09:27 Luis Abraham
Reprodução/Arquivo pessoal

O auxiliar de cozinha Luan Henrique, de 27 anos, que teve 40% do corpo queimado pela ex-namorada, morreu no início da noite desta quarta-feira (30) no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A vítima estava internada em estado grave desde o último sábado no CTI da unidade.

De acordo com informações do Meia Hora, a morte do rapaz foi anunciada pelo pai, o taxista Ednaldo Dantas, 47 anos. Ele conta que no fim de semana, a suspeita chamou Luan para conversar na casa dela, na região de Rio das Pedras, na zona oeste da cidade. O casal brigou, a mulher jogou álcool e colocou fogo no filho do taxista. 

"Meu filho veio a óbito agora 18 horas, não resistiu aos ferimentos por conta de queimaduras muito graves que essa marginal cometeu contra ele. Ela agora tem que pagar pelo que fez", lamentou Ednaldo nas redes sociais. "É a dor de um pai que tá sofrendo por ter perdido um filho tão jovem" completou.

Em entrevista ao jornal nesta quarta-feira, o pai contou que ele e o filho são da Paraíba. E disse que está na cidade há 23 anos, já Luan veio morar no Rio faz três meses. Com a internação do rapaz, o taxista informou que tem tido dificuldades para manter as contas em dia.

"Trabalho como diarista com o carro e confesso que as coisas não estão muito fáceis para mim. Moro de aluguel e estou sozinho. O resto da família está longe, mas estou tentando ser uma rocha para conduzir isso tudo, mas tem sido muito difícil", desabafou o pai à reportagem, na ocasião em que a vítima ainda estava internada.

A família de Luan tentou transferi-lo para um hospital particular, mas o taxista disse que não podia arcar com as despesas e os amigos chegaram a fazer uma vaquinha para arcar com os custos. "Eles (do Hospital Lourenço Jorge) queriam tentar transferi-lo para um hospital particular, mas eu falei que é muito caro e não adiantaria a gente iniciar um tratamento e parar pela metade por falta de pagamentos", lamenta Ednaldo.

O pai de Luan registrou a agressão contra o filho como tentativa de homicídio, na 32ª Delegacia de Polícia, em Taquara. Segundo ele, a ex-namorada chegou a prestar depoimento na distrital, confessou o crime e foi liberada em seguida. Procurada, a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.