29/10/2019 07:00
Em 4 meses, policiais protagonizaram assassinatos passionais e agressão grave em MS
Onda de crimes passionais envolvendo policiais assusta sul-mato-grossenses
Depois da onda de prisões de policiais envolvidos na Máfia dos Cigarreiros e de profissionais da segurança pública investigados por envolvimento com milícia, o grande número de crimes passionais envolvendo a PM (Polícia Militar) vem assustando os sul-mato-grossenses.
Um dos casos mais recentes, que terminou com vítima fatal, aconteceu na última quinta-feira (25), em Aquidauana. O cabo da Polícia Militar Ambiental Jurandir Miranda, 47 anos, foi assassinado a tiros pelo colega de farda, o soldado Izaque Leon Neves, 33 anos.
De acordo com a Polícia Civil, Izaque não aceitava o fim do relacionamento com uma mulher de 26 anos, que estaria se relacionando com Jurandir. Testemunhas disseram que o soldado já tinha brigado com o PMA e feito ameaças de morte, sendo punido pela corporação.
Mais crimes passionais
No início do mês, o Policial Militar Lúcio Roberto Queiroz da Silva, 36 anos, matou a esposa Regianni Araújo, 32 anos, e o corretor de imóveis Fernando Enrique Freitas, de 31 anos, em Paranaíba. O crime aconteceu no dia 5 de outubro.
Lúcio foi até a casa da sogra de Fernando, entrou no imóvel e efetuou cinco disparos contra o corretor, que morreu no local. Em seguida, ele foi para a casa do pai, onde estava a esposa. Ao entrar no imóvel, Lúcio sacou a arma e efetuou outros cinco disparos contra a mulher, que morreu na frente do filho do casal.
Motivo banal
Em julho deste ano, o cabo da Polícia Militar Dijavan Batista dos Santos, 37 anos, assassinou o bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, 43 anos, dentro de um cinema no Shopping Avenida Center, em Dourados.
O policial teria discutido com Julio por uma poltrona, antes da exibição do filme Homem Aranha – Longe de Casa. Minutos após a discussão, ele sacou uma arma e efetuou disparos contra o bioquímico, que morreu no local.
Agressão sem morte
Em mais um crime por motivação banal, a família de um adolescente de 13 anos afirma que o menino foi espancado pelo cabo da Polícia Militar, Agnaldo Timóteo, em Coxim, porque estava brincando em frente a casa da mãe dele e uma das crianças acertou uma pedra no portão.
O menino foi socorrido pela família e levado para o Hospital Regional Álvaro Fontoura, com hemorragia interna. Ele nasceu com um rim paralisado e teve o rim esquerdo afetado pelas agressões. Devido a gravidade dos ferimentos, o menor de idade foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande.