Política

há 5 anos

Bolsonaro afirma que a próxima reforma pode retirar estabilidade dos novos servidores

A proposta é vista como o próximo passo do governo no Congresso após a aprovação da reforma previdenciária

25/10/2019 às 16:35 | Atualizado 25/10/2019 às 16:33 Luis Abraham
Divulgação/Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta sexta-feira (25) em Pequim, China, que a reforma administrativa pode retirar a garantia de estabilidade dos novos servidores públicos. De acordo com o Metrópoles, Bolsonaro assegurou que não irá mexer nas regras dos atuais funcionários.

“A reforma administrativa está bastante avançada. Não haverá quebra de estabilidade para os atuais servidores. Quem entrar a partir da promulgação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), aí pode não haver estabilidade”, disse o presidente durante a visita ao país asiático.

A proposta é vista como o próximo passo do governo no Congresso após a aprovação da reforma previdenciária. Questionado haverá mudanças nos valores dos salários e reajustes de servidores públicos para evitar possíveis disparidades, Bolsonaro falou que a equipe econômica busca acabar com a indexação dos salários.

“As pessoas falam tanto dos militares. Um aspirante começa ganhando em torno de R$ 6.500 brutos, e ao longo da carreira vai havendo progressão. O que a equipe está estudando é acabar com indexações nessa área”, declarou. “Ninguém vai desindexar o salário mínimo. Todo ano ele vai ter no mínimo a inflação”, acrescentou.

Questionado se a proposta irá incluir estados e municípios, ele disse que não sabe, mas sinalizou dificuldades para isso. O presidente disse que é preciso aguardar os acordos políticos que serão costurados em torno da matéria. “Não sei. A gente tem que ver porque é igual a Previdência, toda vez que se quer botar no mesmo caldeirão os três entes da Federação não dá certo”, avaliou.