25/10/2019 11:56
Omertà: ex-PM que teve filho assassinado por grupo de Jamil vai à sede do Garras
Jovem foi assassinado em abril deste ano
O ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira, que teve o filho Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, assassinado em seu lugar, está sendo ouvido na sede do Garras, nesta sexta-feira (25), em Campo Grande.
Ele não quis dar muito detalhes à imprensa, mas destacou que tinha relação com a operação Omertà. Ele foi ao local voluntariamente.
Dois alvos da operação, José Moreira Freires e Juanil Miranda Lima, são suspeitos de executarem ‘por engano’ o jovem Matheus Coutinho Xavier. Eles teriam sido contratados por Marcelo Rios para matar Paulo.
A ordem teria sido dada pelo empresário Jamil Name, preso durante a operação.
Crime
Matheus foi fuzilado enquanto estava na caminhonete do pai, uma S-10 de cor branca. O fato aconteceu na noite do dia 9 de abril deste ano. O policial militar ainda tentou levar o filho para a Santa Casa, mas o rapaz não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.
Investigação
As investigações do GAECO começaram em abril deste ano e foram instauradas para apoiar outra apuração, que estava a cargo do Garras. A Polícia Civil investigava três assassinatos, que agora são atribuídos a essa milícia, sendo que os mortos foram Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier.
Em maio deste ano, GAECO e Garras conseguiram prender o guarda municipal Marcelo Rios e dois colegas dele, no dia 19, de posse de um arsenal - 2 fuzis AK 47, 4 fuzis 556, 11 pistolas 9 mm, dentre outros - em uma residência no bairro Monte Líbano. Nesta apreensão houve participação do BPChoque.
Operação Omertà
A operação tem o nome de Omertà, uma referência à máfia siciliana e napolitana, que quer dizer o código do silêncio e família. A ação teve apoio de 17 equipes do Garras, Gaeco e Batalhão do Choque. Em Campo Grande, foram cumpridos 44 mandados, sendo 13 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão.