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28/09/2019 16:57

Menina dopada com remédio em refrigerante e estuprada por pai de amigas tenta suicídio

Jovem de 14 anos foi vítima de um estupro combinado entre os pais de suas melhores amigas; filhas pediram perdão por crime dos pais

28/09/2019 às 16:57 | Atualizado 28/09/2019 às 15:59 A Tribuna
Reprodução/Facebook

A mãe da adolescente de 14 anos que foi dopada e estuprada por um casal em São Vicente, São Paulo, contou que a filha tentou se matar após o crime. Para a mãe, o ocorrido foi totalmente inesperado e chocante, já que ela conhecia a família das amigas de sua filha há anos.

Na última terça-feira (24), a vítima havia pernoitado na casa das amigas após passarem o dia juntas. Luciana e Marcílio são suspeitos de terem planejado dopar a menor, estuprar e filmar o ato.

Segundo depoimento da jovem à polícia, Luciana ofereceu um refrigerante antes da garota perder os sentidos. Quando acordou, estava nua na cama do casal, que confessou o crime.

A mãe da vítima disse ao G1 que não culpa as filhas do casal. “São dois monstros. Agora elas falam que a vida delas acabou e me pediram perdão, mas elas não têm culpa disso”.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo informou que, em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (25), a prisão em flagrante de Marcílio Maximino Pereira foi convertida em prisão preventiva.

Além disso, foi concedida a liberdade provisória à Luciana Cristina de Jesus, com as medidas cautelares: comparecimento periódico em juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades; proibição de manter contato com a vítima e seus familiares; proibição de ausentar-se da Comarca ou mudar de domicílio sem autorização do juízo; recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga.

Entenda o caso

O abuso sexual aconteceu na residência do casal, na tarde de terça-feira (24). A vítima havia pernoitado na moradia das amigas, da mesma faixa etária.

Após denúncia, PMs viram o carro do porteiro trafegando pela Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. O veículo do casal é um Gol, que foi interceptado na praça de pedágio do Humaitá, na pista sentido Rodovia dos Imigrantes.

O agressor admitiu aos PMs ter dopado a garota com clonazepam, remédio de uso controlado que foi ministrado à vítima pela esposa do porteiro. Quando as amigas foram para a escola, a vítima tomou um refrigerante oferecido por Luciana. De acordo com a garota, o gosto da bebida era estranho, e ela começou a perder os sentidos. Quando recobrou a consciência, estava nua e na cama do casal.

Nos arquivos de um aplicativo de mensagens instalados no aparelho, estão registrados diálogos entre o casal. As conversas revelam o plano do casal para drogar a vítima e abusá-la sexualmente.