18/09/2019 07:30
Professora faz texto emocionante a menino morto pelo pai: 'enorme coração'
Garoto morreu após o pai jogar, o carro em que os dois estavam, contra um carreta
Dias depois da morte do menino Matheus, de apenas nove anos, que foi assassinado pelo próprio pai na última sexta-feira após enviar mensagens de áudio se despedindo da mãe, a professora do garoto fez uma emocionante homenagem para ele nas redes sociais, relembrando seu jeito brincalhão e o "enorme coração" que o garoto tinha.
"Hoje, não tivemos seu sorriso largo, seu olhar de deboche... Hoje não precisei dizer” Matheus fale mais baixo, a escola inteira esta te ouvindo”, hoje não teve bronca por causa da letra garrancho, hoje não teve o “ bico” porque pedi pra refazer a atividade... hoje não teve VOCÊ... Mas hoje teve a maior demonstração de amor que vivi em 30 anos de magistério.Hoje teve uma turma de 25 crianças chorando por duas horas ininterruptas a perda e a saudade de vc. Teve demonstração de como vc com seu jeito sarrista fazia a diferença na vida de seus amigos... Choramos muito, mas também rimos relembrando as suas palhaçadas... Não será fácil continuarmos sem vc fisicamente, mas a lembrança do seu enorme coração e de sua generosidade serão nossa força. Sua carteira ficou lá, vazia, como se vc fosse chegar atrasado...mas vc não chegou... O que nos conforta é saber que vc está livre da maldade e das dores deste mundo.Com certeza vc deve estar soltando pipa com os anjos. Até mais meu menino ...", escreveu Cristina Seixas, em publicação que foi compartilhada pela mãe do garoto, Érika Kuasne.
Matheus morreu após o pai, o motorista de aplicativo Marco Antônio Alves Marcondes, jogar o carro em que os dois estavam contra um carreta na PR-445, em Londrina (PR). Antes do acidente, o menino chegou a mandar mensagens de áudio e texto se despedindo de Érika: "adeus, mãe ".
Érika , que tentou salvar a vida do filho caçula enquanto, paralelamente, tentava ajuda da Polícia, enterrou Matheus no último final de semana. Agora, ela diz querer Justiça para seu filho, mas não sabe como alcançá-la: “Meu filho era uma criança cheia de vida. Queria trabalhar. Era meu defensor, meu segurança. Ele só não tinha idade nem tamanho, mas o jeito que falava era muito maduro. Era meu herói”.