01/08/2019 19:00
Filha de casal morto comemora júri popular e acredita em pena máxima para motorista imprudente
Saulo passa por Tribunal do Júri nesta sexta-feira; ele afirma que era perseguido por uma motocicleta quando atingiu o veículo dos idosos
Às vésperas do julgamento de Saulo Lucas Barbosa Vieira, acusado de causar um acidente, a filha das vítimas, Fernanda de Souza Cruz, 39 anos, disse ao TopMídiaNews que, desde a morte dos pais, ela e a irmã se dedicam para que o suspeito seja condenado com pena máxima.
Fernanda é filha de Luiz Vicente da Cruz, 68 anos, e de Aparecida de Souza Cruz, 59 anos, casal que teve o carro esmagado por um veículo conduzido por Saulo Lucas Barbosa Vieira, no dia 16 de junho do ano passado. Ela acredita que Saulo será condenado e destaca que a expectativa da família é que ele cumpra em regime fechado.
“Como ele é reincidente, sabemos que ele será condenado. Queremos que ele pegue pena máxima pelo crime que cometeu. Ele matou duas pessoas. Tem mais de um ano que não sabemos o que é felicidade, perdemos nossos pais em questão de alguns minutos, nos dedicamos para que o dia do julgamento dele chegasse, queremos justiça”, diz a filha.
A funcionária pública explica que os familiares estão se organizando para acompanhar o julgamento. “A irmã da minha mãe vai, tem sobrinhos, primos que também disseram que estarão lá. Amanhã será um dia muito dolorido, triste, mas será o dia de fazer justiça”.
Segundo Fernanda, consta nos autos do processo que o suspeito sustenta a tese de que era perseguido por uma motocicleta quando entrou na contramão e atingiu o casal de idosos. “Ele fala isso, mas ninguém viu essa moto, só ele que viu. Testemunhas dizem que não viram motocicleta nenhuma”.
Saudade
Prestes a desocupar a casa onde os pais moravam, Fernanda afirma que ainda não teve coragem de mexer nas roupas e sapatos dos idosos. “Uma coisa por vez, a sensação que tenho é que mexendo nas roupas e sapatos, estaremos nos despedindo deles de novo, é ruim, é triste. Está tudo lá ainda, guardado como eles deixaram. Eles moravam em uma casa deixada pela minha avó, que faz parte de um inventário, vamos desocupar para que o imóvel seja partilhado entre os herdeiros normalmente”.