Um peão de fazenda foi preso nessa terça-feira (30) suspeito de estuprar uma criança, de 12 anos, em uma fazenda em Colíder, a 648 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, a mãe da menina sabia e foi presa por explorar a filha. A situação ocorria há dois meses e foi descoberta após uma denúncia.

Foram presos Gilmar Gomes, de 32 anos, e a mãe da vítima, Clarinda Nina Bonin. O homem ficou em silêncio durante depoimento à polícia e a mulher confirmou que sabia, mas nunca havia denunciado e justificou dizendo que tinha medo de ser despedida da fazenda onde trabalhava.

A investigação aponta que mãe da vítima recebia alimentos, bens e dinheiro em troca da exploração da criança. Os dois foram autuados por estupro de vulnerável. De acordo com o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, a menina, à época com 11 anos, passou a morar junto com o suspeito, com o consentimento da mãe dela.

As investigações iniciaram após a Polícia Civil receber denúncias através de pessoas que não quiseram se identificar, de que o suspeito estava convivendo 'maritalmente' com a vítima. Com base nas apurações, as equipes da Polícia Militar e Conselho Tutelar foram até um sítio, onde eles ficavam e retiraram a criança do local. Gilmar foi levado à Polícia Civil. Ele foi interrogado, confessou que estava convivendo com a menor e que a estuprou na noite anterior.

Segundo o delegado, há outras denúncias de que a mãe da menor explorava sexualmente as filhas, prostituindo as garotas, por meio de estupros, para obter alimentos e outros bens. A menina tem uma irmã gêmea, uma irmã, de 13 anos, outra, de 18, um irmão de 20 anos. As investigações continuam para apurar maiores detalhes sobre as denúncias das outras filhas da suspeita.

“É uma família completamente desestruturada. Ela [a mãe] chegava a praticar sexo na frente das filhas. O marido dela [que não é pai das vítimas] também sabia, já que o suspeito é primo dele”, comentou o delegado. O suspeito está detido na delegacia de colíder e a mãe foi encaminhada até a Cadeia Pública Feminina de Colíder. A vítima, assim como a irmã gêmea dela, foram entregues ao Conselho Tutelar.