Cidades

26/07/2019 17:00

Ministro da Ciência afirma em MS que não garante manutenção de bolsas do CNPq

Faltam R$310 milhões para garantir as 80 mil bolsas em todo País

26/07/2019 às 17:00 | Atualizado 27/07/2019 às 07:22 Nathalia Pelzl
Nathalia Pelzl

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, destacou que o impasse do repasse de verba do CNPq é emergencial e precisa ser resolvido, já que faltam R$310 milhões para garantir as 80 mil bolsas,  no entanto, depende de aprovação do Ministério da Economia.

“Tem que ser resolvido agora esse mês, já tenho falado sobre CNPq faz um tempo e é algo que tem que ser feito agora. Eu não quero, não posso deixar 80 mil bolsistas sem receber de setembro para frente”, afirmou o ministro.

Sobre o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, Marcos destacou que existe um esforço coletivo. “O presidente está também se esforçando, e eu vou reforçar com ele essa semana, vou ter um encontro com ele e com o Paulo Guedes e vou reforçar sobre essa importância, é batalha constante".

Bolsonaro X Galvão

Sobre uma possível demissão do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, após o desentendimento com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro destacou que ainda não pode falar sobre o assunto, já que não conversou com Galvão.

No entanto, destacou que não sabe se o diretor vai querer continuar devido ao clima complexo e desagradável que se instalou.

“Preciso conversar pessoalmente com ele”, reforçou. O ministro destacou que o Inpe é um dos seus institutos e que tem extrema confiança no instituto.

“Eu pedi um relatório que explicasse a metodologia, que mostrasse os dados, com o seguinte objetivo. Pedi esses dados, não tive tempo de analisar ainda. Só que o mais importante a ser considerado, é que o Deter ele é utilizado não para medição ou qualquer coisa com desmatamento, e sim para alertas, tem uma diferença sútil”, destacou.

Marcos também pontuou sobre os erros de comunicação, já que segundo ele, a utilização dos dados divulgados foram usadas de maneira incorreta.

“Você produz um dado, ele está correto, mas ele também tem que ser utilizado da forma correta. É só isso, uma questão simples”.

Na visão do ministro, o problema maior sobre o comportamento de Ricardo Galvão, foi de se posicionar pela imprensa ao invés de procura-lo.

“Ele me conhece, a porta é aberta, se eu tiver viajando, ou ligar. Agora, por isso não gostei do meio, foi através da imprensa, ao invés de falar com a gente. Não importa, se o seu comandante, vamos lembrar que o presidente é o chefe do executivo, chefe de todo mundo, você tem que chegar, brigar com seu chefe não é uma boa técnica, explicar, convencer, mesmo que seu chefe tenha falado algo que você não goste. O Bolsonaro é espontâneo no que ele fala, ele comentou depois que puxou mais gelo do que deveria. Foi falta de comunicação, as vezes a emoção entra no meio”

71ª SBPC

Marcos Pontes, esteve na tarde desta sexta-feira (26), na 71ª SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) que acontece na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Durante coletiva de imprensa, ele destacou a importância da feira para os estudantes e para sociedade de forma geral.

“Precisamos motivar os nossos jovens para uma carreira científica. Temos que trazer os alunos, trazer a sociedade. Mostrar a importância da ciência e tecnologia.