Campo Grande

há 5 anos

Para cuidar de Aniela, família se reinventou e precisa de ajuda para custear cirurgia

Menina de 14 anos nasceu com duas raras síndromes e renda familiar vem de venda de pães de queijo, cucas e bolos

22/07/2019 às 19:00 | Atualizado 22/07/2019 às 17:29 Amanda Amaral
Arquivo pessoal

Aos 14 anos, Aniela já venceu muitas batalhas e conta com a solidariedade para superar mais uma.  Pouco tempo após seu nascimento prematuro foi diagnosticada com as raras síndromes de Sturge-Weber e Klippel-Trenaunay, e hoje vive em Campo Grande com a família, que a acompanha e ampara em crises reflexos de sua condição.

Agora, após um acidente doméstico, necessita de uma cirurgia para por um parafuso na cabeça do fêmur, que deslocou. A cirurgia é necessária e urgente, já que a jovem sofre com muitas dores e está contida em uma cama, mas de alto custo.

Para realizar a intervenção cirúrgica, no valor de R$ 22 mil, foi criada uma campanha virtual de arrecadação de fundos. A família espera levantar a quantia até meados de agosto, com ajuda de quaisquer valores.

Mudança para MS 

O pai, Schleiden Baliza, conta um pouco da história de Aniela, da mãe e irmão da garota. Uma trajetória de reinvenções fortalecidas pelo amor entre a família, que vivia em Campinas, interior paulista.

A mudança para Campo Grande se deu em 2006 justamente pensando no quadro da pequena, então com um ano de vida, pois haveria a possibilidade de um bom acompanhamento na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Schleiden conta que foi transferido de empresa de consultoria em que trabalhava, enquanto a esposa deixou seu serviço de cabeleireira.

Algum tempo depois, a empresa faliu e fechou as portas repentinamente, deixando funcionários sem nem o salário do mês. Conseguiu outro trabalho e uma década depois tudo estava 'nos eixos', com Aniela já aos 11 anos, frequentando a Escola Especial Colibri, o outro filho Breno, então com oito anos, a esposa com o próprio salão de beleza e ele trabalhando como consultor em empresas.

O pai com os filhos, em 2012. (Foto: Arquivo pessoal)

Contudo, Ani começava a apresentar comportamento agitado e se auto flagelar, a ponto de arrancar quase todo o cabelo da parte lateral da cabeça, bater cabeça no chão e paredes, além de se morder até sangrar. Passou a não conseguir mais andar e não reconhecia a família.

Com ajuda de especialistas, foi internada na clínica psiquiátrica Carandá, onde ficou por quase dois meses amarrada em uma maca para evitar se machucar. "Foi sem dúvida o momento mais difícil que passamos com ela e, com todo esse turbilhão, fechamos o salão, parei de dar consultorias e passamos a viver em detrimento de cuidar dela e do Breno", lembra o pai.

Recomeço

"Sem fonte de renda e com economias de uma vida em frangalhos, tivemos que nos reinventar para poder manter o mínimo para nossos filhos", conta. A ideia foi aproveitar os dotes culinários da esposa e passar a produzir cucas recheadas típicas do sul, oferecendo em órgãos públicos e comércio em geral.

O negócio foi crescendo com a ajuda dos clientes e logo a produção já mini-pizzas resfriadas, pães de queijo congelados, produtos fitness funcionais, pães integrais e veganos, pães sem glúten. Hoje, é com a venda dessas 'gostosuras' que a família se mantém.

(Fotos: Reprodução/Facebook)

Aniela voltou a andar, cessou crises, ganhou um cachorro, mas tem recaídas, explica o pai. Para ajudar na vaquinha solidária que custeará a cirurgia, clique aqui. Se quiser saber como ajudar comprando os alimentos, acesse este link ou ligue para (67) 99182-8869.