Cidades

22/07/2019 12:06

Mandetta aponta que número de hepatites virais sempre foi alto, mas faltava diagnóstico

Ministro defendeu que testes auxiliam no tratamento, diminuindo assim transplantes pela doença

22/07/2019 às 12:06 | Atualizado 23/07/2019 às 08:39 Nathalia Pelzl
André de Abreu

Cumprindo agenda no lançamento da campanha "Ai, se eu te vacino", que tem como garoto propaganda o cantor sertanejo Michel Teló, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou, na manhã desta segunda-feira (22), que o programa “Saúde na Hora” será executado com planejamento, execução, medição e técnica.

Sobre o relatório apresentado que mostrou a evolução da hepatites virais na última década, Mandetta destacou que o número alto sempre existiu e o que mudou na última década foi o aumento dos testes para diagnóstico da doença.

“O nosso desafio é fazer com que as pessoas façam o teste, pois deve ter milhares de pessoas que têm hepatite C e não sabem. Nos últimos anos 10, aumentaram as campanhas para as pessoas fazerem o teste, então, se você faz mais testes, você descobre mais, não é que esteja aumentando, é mais diagnóstico fechado. Por isso que a gente está aumentando o número de testes”, reforçou.

Ainda segundo o ministro, o incentivo à testagem auxilia na busca pelo tratamento e na redução de transplantes, que podem elevar o custo e aumentar a taxa de mortalidade no país.

“Quando a pessoa só descobre a hepatite C quando o fígado dela está paralisando, ela tem que ir para fila do transplante, e o custo do transplante versus o custo do tratamento é infinitamente mais alto. E o transplante tem a taxa de mortalidade muito elevada. Se o tratamento dá 95% de chance de cura total, desses casos que foram fechados, se forem tratados, olha quanto cânceres de fígado e quantos transplantes evitamos?”, finalizou.

Mandetta anunciou que a previsão para o ano que vem é que as carteiras de vacina passarão a ser apresentadas e atualizados por aplicativo de celular.