22/07/2019 12:06
Mandetta aponta que número de hepatites virais sempre foi alto, mas faltava diagnóstico
Ministro defendeu que testes auxiliam no tratamento, diminuindo assim transplantes pela doença
Cumprindo agenda no lançamento da campanha "Ai, se eu te vacino", que tem como garoto propaganda o cantor sertanejo Michel Teló, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou, na manhã desta segunda-feira (22), que o programa “Saúde na Hora” será executado com planejamento, execução, medição e técnica.
Sobre o relatório apresentado que mostrou a evolução da hepatites virais na última década, Mandetta destacou que o número alto sempre existiu e o que mudou na última década foi o aumento dos testes para diagnóstico da doença.
“O nosso desafio é fazer com que as pessoas façam o teste, pois deve ter milhares de pessoas que têm hepatite C e não sabem. Nos últimos anos 10, aumentaram as campanhas para as pessoas fazerem o teste, então, se você faz mais testes, você descobre mais, não é que esteja aumentando, é mais diagnóstico fechado. Por isso que a gente está aumentando o número de testes”, reforçou.
Ainda segundo o ministro, o incentivo à testagem auxilia na busca pelo tratamento e na redução de transplantes, que podem elevar o custo e aumentar a taxa de mortalidade no país.
“Quando a pessoa só descobre a hepatite C quando o fígado dela está paralisando, ela tem que ir para fila do transplante, e o custo do transplante versus o custo do tratamento é infinitamente mais alto. E o transplante tem a taxa de mortalidade muito elevada. Se o tratamento dá 95% de chance de cura total, desses casos que foram fechados, se forem tratados, olha quanto cânceres de fígado e quantos transplantes evitamos?”, finalizou.
Mandetta anunciou que a previsão para o ano que vem é que as carteiras de vacina passarão a ser apresentadas e atualizados por aplicativo de celular.