Política

08/07/2019 18:19

VÍDEO: Bolsonaro e Damares denunciam sucateamento de aviões da Funai

Aluguel atrasado estaria avaliado em R$ 3 milhões

08/07/2019 às 18:19 | Atualizado 08/07/2019 às 18:18 Thiago de Souza
Reprodução Instagram

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, gravou vídeo nesta segunda-feira (8), onde denuncia sucateamento da frota de aviões da Funai, em um hangar do Aeroporto de Brasília. 

Na gravação, Damares aponta que as oito aeronaves estão com sinais de sucateamento, com estrutura enferrujada, interior sujo e pneus furados.

O presidente Jair Bolsonaro usou a gravação feita pela ministra e fez críticas severas à instituição. 

A Funai, como regra, ‘cuidava’ de tudo, menos do índio. Cada ninhos de ratos que toco fogo, mais inimigos coleciono. Acredito no Brasil porque confio em, você, cidadão de bem”, escreveu o presidente na publicação.

Conforme o Estadão, Damares está acompanhada do presidente da Funai, Fernando Melo, e reclama do valor de aluguel pago para manter os aviões estacionados: R$ 700 mil por ano, de acordo com ela. No total, o aluguel atrasado já chegaria a R$ 3 milhões. 

“Isto aqui é um descaso que deixaram para a Funai e um retrato da vergonha que era a Funai no passado. Vou ter que pagar de aluguel aqui milhões, e a aeronave está avaliada em mil reais aqui no leilão (sic)”, diz a ministra. 

Relatório

Informações de um relatório interno da Funai, publicadas no Estado de S. Paulo, registram que há, na verdade, nove aeronaves que deveriam estar sendo usadas para atendimento médico à população indígena. Dessas, 3 estão em estado irrecuperável, uma está acidentada e as outras 5 estão inoperantes. 

O documento também alerta que há risco de incêndio dos aviões, já que eles estão estacionados no gramado, que é de fácil combustão, especialmente no período de seca.

O relatório afirma que os principais problemas das aeronaves são pintura desgastada, corrosão na estrutura e sucateamento de equipamentos. Quanto mais tempo elas ficam paradas, maior será o custo para colocá-las de novo em operação. Ainda segundo o Estadão, enquanto esses aviões estão parados, o Ministério da Saúde gasta cerca de R$ 80 milhões por ano com o aluguel de aeronaves particulares para dar assistência aos povos indígenas.