Política

12/07/2019 07:00

Deputados federais de MS já custaram R$ 5,8 milhões em menos de 6 meses

Dinheiro que sai do bolso do contribuinte paga Uber, comida, assessores, salários e telefones dos parlamentares

12/07/2019 às 07:00 | Atualizado 12/07/2019 às 17:00 Celso Bejarano, de Brasília
Câmara dos Deputados é integrada por 513 parlamentares - Wesley Ortiz

Semana que vem, dia 17 de julho, os parlamentares que atuam em Brasília, senadores e deputados federais, pegam suas primeiras férias do ano – são duas –, depois de trabalharem de 2 de fevereiro passado, incompletos seis meses atrás, até o período em questão.

Embora os números ainda não estejam fechados, já dá para calcular quanto custou aos cofres públicos cada um dos 8 deputados federais da bancada federal neste primeiro semestre legislativo.

A soma toda é R$ 5.851.257,27, média de R$ 737,5 mil, por cabeça. Embora saltem aos olhos, não há nada de errado no emprego da dinheirama, é tudo legal, previsto em lei.

Além dos R$ 33,7 mil (quantia bruta) de salário, os deputados recebem todos os meses R$ 40.542,84, recurso conhecido como a cota para o exercício da atividade parlamentar.

Com esse dinheiro, os deputados podem pagar – depois são indenizados – despesas com passagens aéreas, telefone, alimentação, hospedagem, carro locado, táxi, Uber, fretar avião, ou complementar o auxílio-moradia.

Se o parlamentar não conseguir um dos apartamentos funcionais da Câmara dos Deputados, ele tem direito de auxílio R$ 4.253,00.

Além disso, a bancada recebe, por mês, outros R$ 111.765,59, verba que deve ser destinada ao pagamento de salários dos secretários parlamentares, funcionários que não precisam ser servidores públicos e são nomeados diretamente pelo deputado(a). Cada um deles pode contratar até 25 secretários parlamentares, cujos salários giram em torno de R$ 2 mil a R$ 22 mil mensalmente.

VEJA COMO ELES GASTARAM OS RECURSOS ATÉ AGORA

O deputado federal Vander Loubet (PT) puxa a relação dos gastos maiores, que já somam R$ 1.030.245,22, juntando a verba de gabinete e a cota parlamentar, além dos R$ 134,9 mil que o parlamentar recebeu de salário até agora.

Dagoberto Nogueira (PDT), segundo o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, consumiu de sua cota, mais os salários, R$ 990.208,38.

Fábio Trad (PSD) segue na lista, com R$ 906.927,17.

Depois vem Beto Pereira (PSDB), que já gastou R$ 896.192,00.

O quinto na relação é o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PSL): R$ 806.171,11.

Seu parceiro de partido, o deputado Tio Truttis, usou R$ 773.085,38.

A deputada federal Bia Cavassa (PSDB) consumiu, entre salários e cotas, R$ 745.566,86.

A deputada federal Rose Modesto, também do PSDB, R$ 691.861,15.

Os números que indicam as indenizações pagas pelos parlamentares são mexidos quase que diariamente (o publicado neste material foi sustado no relatório da Transparência da Câmara divulgado no dia 8.7, última segunda-feira).

AUXÍLIO-MORADIA

Quase toda a bancada sul-mato-grossense já está acomodada em apartamentos cedidos pela Câmara Federal. Conforme o Portal da Transparência, receberam o auxílio em dinheiro, os parlamentares Fábio Trad (R$ 21.265,00); Bia Cavassa (R$ 17.714,16); Luiz Ovando (R$ 13.911,30); Beto Pereira (21.265,00) e Tio Truttis (R$ 3.402,41).