Polícia

27/06/2019 15:17

Operação Ícaro: piloto de avião envolvido em suposto sequestro é preso

Polícia fez a reconstituição do crime; prisões fazem parte da Operação Ícaro, fase Rota Caipira

27/06/2019 às 15:17 | Atualizado 27/06/2019 às 15:19 Da redação/Assessoria
Reprodução/Assessoria

A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira (27) em Paranaíba, mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão em residências, fazenda e hangares do aeroporto da cidade. A ação foi deflagrada pela Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) como parte da Operação Ícaro, fase Rota Caipira, com objetivo de elucidar o sequestro do piloto Edmur Guimarra Bernardes.

As prisões temporárias e demais diligências se deram após o pedido da delegada titular da Deco ao Poder Judiciário por medidas cautelares de urgência após assumir a investigação envolvendo o roubo da aeronave de matrícula PR-NAL de propriedade de um empresário da cidade e o sequestro do piloto.

Na ocasião, Idevan Silva de Oliveira, funcionário responsável pela recepção do Aeroporto de Paranaíba, foi surpreendido por Edemur ao pousar no aeroporto de Cáceres-MT com o avião roubado alegando ter conseguido fugir durante um descuido dos sequestradores e decolar.

Depois de prestar depoimento ao delegado da Polícia Federal do Mato Grosso, o piloto foi autorizado a retornar ao MS no comando da aeronave, devidamente apreendida junto com demais objetos de interesse de investigação, preservados até a chegada da equipe da Deco para a realização das perícias e demais diligências necessárias.

Na simulação do crime, o recepcionista afirmou que havia trabalhado até mais tarde quando aconteceu o fato. Edmur relatou a equipe policial da Deco que fora sequestrado na saída de casa na manhã de junho deste ano, quando foi rendido pelos criminosos que o obrigaram a deslocar-se com o veículo até o aeroporto municipal.

Tendo descumprido todas as medidas de segurança do hangar até chegar ao avião. Ele levantou voo em companhia de dois autores, enquanto Idevan foi mantido em cárcere, trancado e amarrado por fios de mouse, até a decolagem da aeronave com segurança.

O piloto afirma que foi obrigado a comandar a aeronave utilizando uma rota que compreendia uma fazenda na região de Concepción, Paraguai, onde pernoitaram sob os cuidados de uma liderança de uma organização criminosa que tinha intenção de voar até uma fazenda na Bolívia. Aproveitando-se da distração dos algozes no local, Edmur correu até a aeronave, arremessou as bagagens dos criminosos ao solo retornou para Cáceres onde pousou e avisou que retornaria a Paranaíba.

Idevan foi ouvido na Delagacia de Paranaíba, ele disse que estava em uma cadeira na recepção do aeroporto e acabou surpreendido pelos criminosos. O funcionário foi amarrado em um quartinho e ouviu a movimentação no local, entretanto não viu a ação no hangar, registrada pela câmera de circuito interno.

Diante das informações, a simulação dos fatos ocorreu e os envolvidos apresentaram diversas contradições, assim por interesse da investigação, foi expedida a prisão temporária de Edmur e Idevan. A dupla foi encaminhada à sede da Polícia Federal em Campo Grande e estão a disposição da Justiça.