24/06/2019 17:00
Em novo protesto, advogados de MS recolhem assinaturas e sugerem afastamento de Moro
A ideia vai ao encontro de recomendação do Conselho Federal da OAB
Uma nova manifestação de advogados foi realizada na tarde desta segunda-feira (24), em frente ao Fórum de Campo Grande. Eles protestam contra a forma com que o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, está lidando com vazamentos de conversas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol durante as investigações da Lava Jato e sugerem o afastamento de ambos até o esclarecimento das possíveis irregularidades.
Durante o ato pacífico, os profissionais leram um manifesto e ressaltaram que estão de acordo com a recomendação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil em relação ao afastamento de Moro e Dallagnol.
O conselho publicou uma nota pública no último dia 10 de junho recomendando que “os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”.
À reportagem do TopMídiaNews, o advogado José Trad comentou sobre a necessidade de mostrar a vigilância dos defensores em relação ao “fato de se querer banalizar uma agressão à democracia”. A declaração se refere às respostas de Moro após os vazamentos, dando indícios da normalidade das conversas entre juízes e procuradores.
Outro advogado presente no protesto, Leandro Gregório dos Santos, sugeriu “procurar um promotor e perguntar: se ele soubesse que um juiz conversa com a defesa, inclusive rindo da acusação, qual seria a posição do promotor em relação ao juiz”, fazendo entender que nenhum profissional aceitaria.
A coordenadora do grupo Juristas pela Democracia, Giselle Marques, disse que ao menos 300 advogados estão unidos no Estado desde 2016 em busca da “imparcialidade do Judiciário”.
Outro advogado, Lairson Palermo, ressaltou não se tratar da “defesa do Lula, ou do PT e nem de protestos contra às investigações da Lava Jato, mas, da necessidade de exigir que juízes e promotores sejam imparciais”, finalizou.
Profissionais de comunicação que integram o grupo “Jornalistas pela Democracia” também foram ao protesto.
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