Cidades

30/05/2019 11:10

MPE afirma que Moon cometeu crime fora do período de serviço; depoimento está acalorado

Durante depoimento, PRF se mostrou irônico ao responder algumas perguntas

30/05/2019 às 11:10 | Atualizado 30/05/2019 às 10:59 Rodson Willyams e Dany Nascimento
André de Abreu

Para a promotora de Justiça Lívia Carla Guadanhim Bariani, o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon cometeu crime enquanto estava fora do período de serviço. O empresário Adriano Correia do Nascimento foi morto pelo PRF em 2015. O MPE tem ainda o advogado Irajá Pereira Messias como assistente de acusação.

Irônico nas respostas, a promotora chamou a atenção do policial. " O senhor está ditando muito PRF, se estivéssemos julgando PRF seria a Justiça Federal. Estamos julgando o senhor porque cometeu um delito fora do serviço", disparou.

A irritação ocorreu após a promotora questionar o policial quanto a uma afirmação concedida por ele, no primeiro julgamento. Na ocasião, Moon teria dito que 'seria cômico levantar a camisa para mostrar para o pessoal que era PRF'. Neste depoimento, ele negou e falou que não disse isso.

Em resposta, a promotora disparou. "Esta gravado e foi eu quem te fez essa pergunta para o senhor. Não estamos julgando um PRF, estamos julgando senhor, que cometeu delito quando não estava em serviço, quer ditar muita regra quando não estava em serviço".

Ao responder um questionamento da juiza que preside o Júri, Moon deu exemplo dos tiros fazendo alusão a brincadeira da caneta. "Se pessoa solta a caneta, alguém não pega pela rapidez... é questão de física, não houve excesso da minha parte, de acordo com a doutrina, atire até cessar agressão".

E ao ser questionado pelo advogado Irajá se saberia precisar a quantos metros estaria do carro em que estavam as vítimas, Moon respondeu, "não estava com uma trena para medir a distância'.