10/05/2019 09:30
Marquinhos usa limite prudencial para proposta de reajuste, mas professores recusam
Categoria aceita escalonar reajuste, mas quer aumento imediato e valor maior
A contraproposta do prefeito Marquinhos Trad (PSD), que usou como base o limite prudencial para conceder aumento salarial, foi rejeitada pelos professores da rede municipal de Campo Grande, em assembleia.
Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), Lucílio Vargas, a proposta não contempla a data-base e também o piso de 20 horas semanais.
“Rejeitamos a proposta do prefeito por dois motivos, primeiro que ela não contempla a data-base que é maio, porque ele deu 0,5% em outubro e 3,665% em dezembro. Então, não contempla a data que é maio, e também não contempla a lei 6.026/2018, que trata do piso por 20 horas. Claro que a gente sabe que não vai cumprir 100%, mas acreditamos em mais um pouco”, afirma.
O reajuste anual previsto em lei é de 4,17%. Além dos 17% do reajuste retroativo, não cumprido desde 2015. Lucílio aponta que uma contraproposta foi enviada para o prefeito, solicitando o pagamento a partir de maio.
“A gente até aceita escalonar, aceita dividir. Mas que ele além dos 4,17%, ele acrescente parte do passivo, que daria em torno de 2,5% para que a gente chegue a 85% do piso por 20 horas até o final de 2019. Hoje nosso piso está 82.80%”, pontua.
Lucílio destaca que os professores de Campo Grande estão recebendo abaixo do piso nacional da categoria. Ele alega ainda que Marquinhos usou o argumento que o reajuste seria de acordo com o limite prudencial.
“A proposta veio condicionada ao limite prudencial e nós temos verba própria que é do Fundeb, então não tem que condicionar a nossa correção à questão de lei de responsabilidade fiscal, é isso que a gente entende. Ele tem que aplicar e usar o dinheiro do Fundeb que veio verba maior, era R$ 39 milhões e agora são R$ 44 milhões”, finaliza.