há 5 anos
Donos de marmitaria com 'delivery' de droga em Campo Grande são presos preventivamente
Esquema de venda de drogas se valia de empresa de marmitex de fachada
Em audiência de custódia realizada hoje (23), o juiz de plantão, Ricardo Gomes Façanha, converteu em preventiva a prisão em flagrante de todos os envolvidos em esquema de tráfico de drogas que se valia de uma empresa de marmitex como fachada para a prática criminosa.
De acordo com denúncias recebidas pela polícia em fevereiro deste ano, uma marmitaria do bairro Jardim Monumento, na Capital, era utilizada como camuflagem para a venda de drogas na modalidade disque entrega. A droga seria comercializada no local e entregue em um veículo Honda Civic.
Após monitorarem a empresa e verificarem um grande fluxo de pessoas, as autoridades policiais decidiram, nesta última segunda-feira (22), abordar uma motocicleta que saía do estabelecimento aparentemente sem nada. Embora o condutor tenha conseguido evadir-se, o ocupante da garupa foi detido ao descer do veículo e tentar descartar um tablete de maconha. Como ele contou que estava fazendo uma entrega de drogas para a marmitaria e que o restante da substância ilícita estaria naquele comércio, a polícia dirigiu-se ao local.
Já na marmitaria, a polícia apreendeu mais 27 porções e 3 tabletes de maconha, 35 papelotes de cocaína, além de petrechos utilizados para o fracionamento e embalo de droga, e cerca de R$ 300 em moedas e notas pequenas. Foram detidos em flagrante, então, a dona da marmitaria, seu esposo e seu filho, por suspeita de envolvimento com tráfico de substâncias entorpecentes. Logo em seguida, a polícia conseguiu localizar o condutora da motocicleta e também o deter.
Embora na delegacia o motoqueiro, que seria o entregador da droga, bem como o filho tenham exercido seu direito de permanecer em silêncio, tanto o marido quanto o garupa da moto admitiram que a atividade ilícita era praticada no local desde o ano passado. O esposo ainda informou que seu enteado e mulher seriam usuários de drogas há anos, mas que toda a atividade era comandada apenas por sua companheira. Já a dona da marmitaria alegou que toda a droga encontrada seria do motoqueiro que teria pedido a ela que a armazenasse em seu estabelecimento em troca de uma porcentagem nas vendas e uma quantia de maconha para seu consumo pessoal.
Após realizar as audiências de custódia com todos os autuados separadamente, o magistrado determinou a manutenção de suas prisões, com a conversão do flagrante em prisão preventiva, em razão da natureza do crime e da gravidade da conduta praticada pelos suspeitos.