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há 5 anos

Briga entre empresas atrasa compra de kit escolar

Sem perspectiva para conclusão do certame, Superintendência de Compras anulou a licitação

23/04/2019 às 07:05 | Atualizado 23/04/2019 às 13:19 Vinícius Squinelo
Edemir Rodrigues

Após sete meses de disputa entre empresas pelo fornecimento dos materiais para os alunos da Rede Estadual de Ensino e, sem perspectiva para o fim do conflito, a Superintendência de Compras anulou o pregão. A decisão atende um pedido da Secretaria de Estado de Educação, que entendeu que a demora está prejudicando os estudantes.

Cinco empresas participaram da licitação, mas os protagonistas da disputa foram a Brink Mobil Equipamentos Educacionais e a Guardian Comercial e Serviços Eireli, que transformaram o certame em uma verdadeira guerra. Atendendo pedido de ambas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) chegou a suspender o processo licitatório por duas vezes. 

Ao longo de todo o processo, foram feitas oito impugnações e a Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD) precisou fazer adequações ao edital para não anular o pregão. Não adiantou. Os recursos continuaram e hoje um Mandado de Segurança está em tramite no Tribunal de Justiça (TJ). 

A licitação é a maneira que a administração pública usa normalmente para aquisição de produtos ou serviços e garantir a melhor compra. O procedimento para a aquisição dos kits escolares ocorreu na modalidade pregão eletrônico do tipo menor preço global.

O processo de compra dos materiais teve início ainda em agosto de 2018. O certame visava a compra de cadernos, lápis preto e lápis de cor, borrachas, apontadores, réguas, colas, giz de cera, canetas, transferidores, esquadros e tesouras sem ponta para atender os 230 mil alunos das 366 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul. 

Se não houvesse tantas intercorrências, a compra teria sido finalizada em cerca de 60 ou 90 dias e os materiais escolares seriam entregues no início do ano letivo. 

Foi o que aconteceu nos anos anteriores. Em 2015, o Governo do Estado abriu uma licitação em janeiro que foi finalizada em março do mesmo ano. A mesma ata foi aproveitada no ano seguinte. Já em 2016 e 2017, o Governo do Estado aderiu a uma ata do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e também não teve problemas para atender os alunos.