Polícia

08/04/2019 13:10

VÍDEO: sindicato tenta 'limpar a barra' de PRF que matou empresário e baleou adolescente

Defesa de Ricardo Moon está otimista e acredita que réu será absolvido

08/04/2019 às 13:10 | Atualizado 08/04/2019 às 17:31 Anna Gomes
Wesley Ortiz/Arquivo

Perto de ser julgado, a defesa e amigos do policial rodoviário federal, Ricardo Hyun Su Moon, 48 anos, estão otimistas acreditando que ele será absolvido. Em vídeo, sindicato ligado à PRF tenta ‘limpar a barra’ de Moon, acusado de ter assassinado o empresário Adriano Correia do Nascimento, 31 anos, em dezembro de 2016.

Mais de dois anos após o crime, Ricardo ainda responde em liberdade. Conforme o advogado Renê Siufi, a defesa tem novas provas e crê que o réu vai ser absolvido depois de ser julgado neste próximo dia 11 de abril.

“Temos novas provas e se existir justiça meu cliente será absolvido’’, disse Siufi.

Um vídeo feito pelo Sinprf-MS (Sindicato dos policiais rodoviários federais) e publicado no Facebook defende Monn. A entidade alega que, no dia do fato, não foi uma briga de trânsito e sim uma abordagem policial. Nas imagens, os servidores fizeram uma comparação entre Adriano e Ricardo, incluindo os antecedentes criminais de ambos.

No vídeo também fica claro que a entidade sindical tenta melhorar a imagem de Moon dizendo que ele sempre foi um policial exemplar e que não teria descido do carro armado, como algumas testemunhas haviam dito.

Veja o vídeo: 

Expectativa

Segundo Siufi, o policial está ansioso com o julgamento, mas ao mesmo tento também diz estar otimista. “É normal ficar com um pouco de ansiedade, mas nós acreditamos que vamos conseguir provar a sua inocência”, adiantou.

O crime

Por volta das 5h30 de 31 de dezembro de 2016, o PRF Ricardo Moon, que dirigia uma Pajero, se envolveu em uma briga de trânsito com o empresário Adriano Correia do Nascimento, que seguia em uma caminhonete Hilux, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.

O empresário e o policial iniciaram uma discussão, quando Moon decidiu acionar a Polícia Militar. Instantes depois, após mais bate-boca, o PRF sacou sua pistola .40 e atirou contra os ocupantes do veículo, onde além de Adriano, estavam mais dois homens.

O jovem de 17 anos que o acompanhava foi baleado nas pernas. Outro acompanhante no veículo, um supervisor comercial, de 48 anos, quebrou o braço esquerdo e sofreu escoriações com a batida. Ambos foram socorridos e sobreviveram.

O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vítimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local. Posteriormente, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF.

Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legítima defesa depois de ter visto um objeto escuro que poderia ser uma arma, na mão de uma das vítimas, durante a tentativa de fuga do empresário com caminhonete. Ele também teria sido atingido pela camionete. No interior do veículo, os investigadores encontraram apenas celulares das vítimas.