Polícia

29/03/2019 12:28

Promotora diz que acusado de matar Mayara mentiu e tentou enganar mãe da vítima após o crime

Ela afirma que Luís tinha consciência do que fazia e matou Mayara pelas costas enquanto estava deitada na cama do motel

29/03/2019 às 12:28 | Atualizado 29/03/2019 às 15:06 Dany Nascimento e Anna Gomes
André de Abreu

Durante julgamento de Luís Alberto Bastos Barbosa, a promotora Aline Mendes Franco afirmou que não houve discussão entre o acusado e a musicista Mayara Amaral dentro do quarto de motel. Ela destaca que a vítima foi brutalmente assassinada pelas costas e levou um total de seis marteladas na cabeça.

O julgamento é realizado nesta sexta-feira (29), no Fórum de Campo Grande.

De acordo com a Promotora, a perícia não encontrou escoriações no corpo da vítima, o que comprovaria a versão apresentada pelo acusado, de que os dois discutiram e Mayara deu início a agressões. “O suspeito destruiu a cabeça da vítima com seis marteladas na cabeça, a massa cefálica saiu para fora. Acredito que o crime foi premeditado, já que eles entraram no motel ás 22h05 e às 23h57 ele saiu, após matar a vítima”.

Para a Promotora, Luís mente quando tenta jogar a culpa na droga. “Ele alega que não lembra, que estava drogado, mas ele mandou mensagem do celular da Mayara para a mãe da vítima, querendo colocar a culpa do crime em outra pessoa para livrar a dele. Ele fingiu que a Mayara teria brigado com outro rapaz, escreveu que estava com medo de morrer. A mãe ficou preocupada, falando que ia  buscar. Nisso ele já tinha matado ela. Ele estava consciente dos seus atos”.

Aline destaca ainda que, após cometer o crime, Luís pediu um cigarro para a responsável pela recepção do motel. “Ele aparece nas filmagens andando tranquilamente, sem demonstrar alterações, como ele afirma.  Eu tenho convicção que ele matou a vítima de surpresa. Ele tratava ela como uma diversão, mas a Mayara era apaixonada por ele. Eles iam fazer uma despedida, ela foi por estar apaixonada ao encontro, mas nem imaginava que caminhava para a morte. O crime é de feminicídio sim, havia testemunhas de que ela dormia na casa dele com frequência”.

Luís Alberto vai a júri popular, sendo analisado por sete pessoas, cinco mulheres e dois homens.