Campo Grande

30/03/2019 13:30

Marquinhos prevê demissão em massa na construção civil em Campo Grande

Prefeito refere-se a empresas que constroem 2,2 mil casas na cidade com recurso federal

30/03/2019 às 13:30 | Atualizado 31/03/2019 às 08:46 Celso Bejarano, de Brasília
Edemir Rodrigues/Portal MS

O prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), durante viagem a Brasília, onde foi atrás de recursos para por em prática o programa de intervenções emergenciais em drenagem, afirmou que as empreiteiras que constroem casas populares, em torno de 2,2 mil unidades, podem demitir seus empregados por falta de pagamento.

Marquinhos informou que o programa de drenagem custa em torno de R$ 50 milhões. A soma não será liberada agora porque o governo de Jair Bolsonaro (PSL) travou a liberação de recursos, medida que deve permanecer até que o Congresso Nacional aprove a reforma da Previdência.

O município, segundo ele, devia receber logo também em torno de R$ 27 milhões, quantia oriunda de emendas parlamentares.

No entanto, segundo Marquinhos, o governo federal impôs a mesma condição: a União só vai liberar dinheiro aos estados e municípios quando a reforma da Previdência passar pelo crivo de deputado deputados federais e senadores.

Questionado se a suspensão na liberação de recursos enquanto a reforma não aprovada não seria uma chantagem do governo de Bolsonaro, o prefeito preferiu amenizar a questão. “Chantagem, não, porque seria crime. Vejo isso como uma tática”, resumiu o prefeito.

As obras das casas que deveriam ser entregues ainda neste ano, segundo o prefeito, vão parar porque as empreiteiras não têm uma data definida para receber. O dinheiro está retido para o pagamento por determinação do governo federal. "Sem recurso para manter os empregados, as obras param e as demissão acontecem", afirmou o  prefeito.

Marquinhos pediu socorro à bancada federal. Ainda na quarta-feira feira, ele se reuniu no gabinete do senador com nove dos 11 parlamentares.

Só não foi ao encontro a senadora Simone Tebet (MDB), que conduzia audiência na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e o deputado federal Tio Trutis, que também cumpria agenda parlamentar.

Os deputados prometeram buscar meios de ajudar o prefeito. Até a ministra Tereza Cristina (Agricultura) foi conversar com o prefeito.