Campo Grande

26/03/2019 07:00

Local onde se tira o sustento da família é palco de preconceito para 30% mulheres, diz pesquisa Itop

Discriminação no trabalho atinge mais mulheres pretas e com renda de dois a cinco salários mínimos

26/03/2019 às 07:00 | Atualizado 26/03/2019 às 12:03 Thiago de Souza
Wesley Ortiz - Arquivo

Ao todo, 30% das mulheres ouvidas pelo Itop - Instituto de Pesquisa do TopMídiaNews - disseram que já sofreram algum tipo de preconceito ou discriminação no trabalho em razão de serem do sexo feminino. A pesquisa ouviu 600 mulheres em Campo Grande, dos dias 4 a 12 de março, mês que é celebrado o dia internacional da Mulher.

Das 78 mulheres que afirmaram ter tido problemas por conta do gênero, 39% delas tem idade que varia de 35 a 44 anos, diz o levantamento. 45% têm ensino médio completo.

Em relação à renda familiar, 25% das entrevistadas que sofreram preconceito onde justamente retiram seu sustento, vivem com suas famílias com dois a cinco salários mínimos. No que tange a cor da pele, 41% se classificaram como negras e 39% como brancas. 20% apontaram outras classificações.

Dentro do universo das que foram vítimas desse tipo de situação, o preconceito ou discriminação, 37% são católicas enquanto que 36% são protestantes.

30% das mulheres ouvidas relataram problemas no local de trabalho. (Foto: Wesley Ortiz - arquivo)

Em outro questionamento feito pelo Itop, onde as mulheres foram perguntadas sobre ''qual seria a maior dificuldade enfrentada pelas mulheres em Campo Grande'', 39% citaram questões relacionadas ao trabalho, como o desemprego, falta de oportunidades iguais para homens e mulheres e salário incompatível com a função.

Itop

A pesquisa ouviu 600 mulheres em diversas regiões da cidade, do dia 4 a 12 de março de 2019.

A coleta de dados ocorreu com mulheres de grupos etários de 16 a 24 anos; 25 a 34 anos; 35 a 44 anos; 45 a 59 anos e acima de 60 anos. O grau de escolaridade das participantes varia de analfabeto, ensino fundamental I e II, ensino médio e superior.

Entre as mulheres ouvidas há empregadas (com vínculos empregatícios, assalariadas ou não), autônomas (trabalha por conta própria, sem renda fixa), profissionais liberais(com profissão inscrita em órgão de categoria), aposentada, desempregada, MEI/comerciante, funcionária público municipal, estadual ou Federal e Militar.
Margens

A margem de erro máxima estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos dentro de um nível de confiança de 95% sobre os resultados.