Polícia

há 5 anos

Adolescentes com 'lança-chamas' no Joaquim Murtinho só queriam chamar a atenção, diz polícia

Ação ocorreu dentro da sala de aula, sem a presença do professor

20/03/2019 às 16:30 | Atualizado 21/03/2019 às 08:21 Thiago de Souza
Arquivo - Thiago de Souza

Dois adolescentes detidos pela Polícia Militar, nesta terça-feira (19), após acenderem um lança-chamas improvisado dentro da sala de aula na Escola Estadual Joaquim Murtinho, em Campo Grande, só queriam chamara a atenção dos colegas, diz a Polícia Civil.

O ato não foi por influência de ataques recentes em outras escolas do país, como em Suzano (SP), onde um jovem e um adolescente invadiram a unidade e promoveram um massacre que resultou em dez mortos (contando com os assassinos que se mataram) e nove feridos.

''Eles só queriam chamar a atenção. Disseram que queriam causar temor nos colegas'', informou a titular da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente, Fernanda Felix Carvalho Mendes, em Campo Grande.

Mendes analisou que eles chamaram a atenção de uma ''maneira estranha'' e que expuseram a integridade dos demais alunos. Ainda conforme a policial, foi a primeira ocorrência desse tipo dos dois menores e nenhuma relação com bullying ou ódio. 

A dupla foi levada para a delegacia e será indiciada por ato infracional equivalente do artigo 123 do Código Penal, que é ''expor a perigo a vida e  a saúde de outrem''. Neste caso, a pena, que no caso deles será medida socioeducativa, será escolhida pelo juiz da Vara da Infância e do Adolescente.

'Lança-chamas'

O lança-chamas improvisado com desodorante aerossol e um isqueiro foi aceso dentro da sala de aula, sem a presença do professor. Os garotos são do 1º ano do ensino médio da escola que fica na Avenida Afonso Pena, centro da Capital.

A delegada Fernanda esclareceu que ninguém ficou ferido na ação e que a cortina da sala de aula não foi queimada.