No dia seguinte à operação comandada pela Polícia Civil que fechou o cerco contra irregularidades em bares, casas noturnas e lanchonetes, a ‘dor de cabeça’ continuou para moradores de Aquidauana, a 148 km de Campo Grande.

Na sexta-feira (15), 67 adolescentes foram encaminhados destes locais ao Conselho Tutelar e 15 comerciantes foram detidos. Mas já na noite deste sábado (16) e madrugada de domingo (17), um dos estabelecimentos onde foram encontrados adolescentes reabriu as portas e a cena, conforme a vizinhança, era a mesma de algazarra dos últimos meses.

Consumo e comércio de drogas, prostituição, rachas e venda de bebida alcoólica para menores de 18 anos são algumas das acusações contra o local, que fica no centro da cidade.

“Parece até uma afronta às autoridades. Os vizinhos já fizeram abaixo-assinado, é um local em uma rua pacata, com pessoas de idade e crianças morando nas proximidades, mas é uma arruaça, ninguém dorme”, disse um morador, que prefere não se identificar na matéria.

A polícia teria sido acionada novamente e passado pelo local nesta madrugada, mas o movimento continuou. O problema persistiria há cerca de três meses e vizinhos questionam os motivos da ‘vista-grossa’.

“Urinam na porta das casas, fica uma sujeira de garrafas quebradas e cigarros de maconha pela rua, onde também passam com motos e carros em alta velocidade e provavelmente bêbados. Está na rua para todo mundo ver, e o pessoal comenta que o dono pode ter privilégios por ter parentes na polícia”, diz o morador.

A reportagem tentou entrar em contato com o responsável pelo estabelecimento através do número de telefone disponibilizado em rede social, mas não obteve retorno até a publicação.

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