11/03/2019 15:44
Pai vai cuidar das filhas de professora assassinada pelo ex-marido
Ele afirma que a filha de 15 anos viu a mulher ensanguentada no chão antes de morrer
A filha mais velha da professora Nádia Sol Neves Rondon, 38 anos, viu a mãe com mais de 30 perfurações pelo corpo na frente da casa da família, na manhã de ontem (10), na alameda Adelina, bairro Universitário, em Corumbá.
De acordo com o pai da adolescente, Glauco dos Santos, 38 anos, a filha estava dentro da casa quando o ex-marido de Nádia desferiu os golpes. “Minha filha estava dentro da casa quando ela foi atingida pelos golpes. Ela saiu e viu a mãe dela ferida no chão. O Corpo de Bombeiros levou, mas ela não resistiu e faleceu. Só estava ela na casa, minha filha mais nova não estava”, relembra o pai.
Glauco afirma que tem duas filhas com Nádia e que, daqui em diante, as duas passam a morar com ele no município. “Elas vão morar comigo agora. Eu tinha uma amizade com a mãe delas. Parece que o ex-marido vinha perseguindo a Nádia já”.
Nádia foi morta após comemorar o aniversário de 38 anos com amigos. Ela foi surpreendida por Edevaldo Costa Leite, 31 anos, que desferiu mais de 30 golpes de faca contra a ex-mulher. Ele não aceitava o fim do relacionamento.
Filha mais nova
Enquanto o corpo da professora é velado na Capital, a filha mais nova faz questionamentos aos familiares, tendo o silêncio como resposta de alguns
A aposentada destaca que Nádia era guerreira e batalhava pelas filhas. “Ela tinha duas filhas com meu filho, era uma pessoa que batalhava para cuidar das meninas”.
O caso
A professora Nádia Sol Neves Rondon, de 38 anos, foi morta com mais de 30 facadas ao retornar para casa ontem (10), na alameda Adelina, bairro Universitário, em Corumbá. Ela teria saído com amigas para comemorar o aniversário de 38 anos e, ao chegar na frente da residência, foi surpreendida pelo ex-marido, Edevaldo Costa Leite, 31 anos, que desferiu os golpes na vítima.
Os golpes atingiram as costas, tórax, rosto e braços. Testemunhas disseram que o homem iniciou as agressões arrastando a vítima pelos cabelos para a rua, quando moradores acionaram a Polícia Militar. Os bombeiros também foram chamados, prestaram o atendimento emergencial e depois removeram Nádia para o pronto-socorro.
Em seguida, a professora foi encaminhada para o centro cirúrgico da Santa Casa de Corumbá, mas não resistiu.
Edevaldo Costa se apresentou no 1º Distrito Policial ainda pela manhã e foi preso por feminicídio, cuja pena varia de 12 a 30 anos de cadeia. Ele relatou que havia visto a professora com outra pessoa e isso teria motivado o crime. No entanto, amigos de Nádia contaram que ele já vinha a perseguindo, chegou a furar os pneus do carro dela e foi visto rondando a casa da vítima, o que reforça a tese de crime premeditado.