09/03/2019 16:58
Bolsa Família atende mais de 30 mil famílias em Campo Grande
Em todo o Brasil, mais de 13,9 milhões de famílias são atendidas pelo programa
O Programa Bolsa Família vem contribuindo para muitas pessoas, que durante o período de crise financeira em nosso país estão passando por momentos difíceis, para isso foram incluídas no índice de desemprego. Diante disse a Prefeitura com apoio do governo federal atende com o Bolsa Família. Em Campo Grande, contém 30.030 famílias beneficiárias, destas 26 mil são mulheres responsáveis por seus familiares. Em todo o Brasil, mais de 13,9 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.
Na Política de Assistência Social, a mulher tem o papel principal no combate à pobreza. A concepção de família que está mais aberta e ampliada, é mantidas nas mesmas expectativas sobre suas responsabilidades enquanto um grupo de proteção e cuidados dos indivíduos, principalmente o papel da mulher/mãe como principal elemento provocador de mudanças, e tendo um papel ativo para a configuração de uma “boa família”. A centralidade da mulher-mãe pode-se observar que a assistência social pensa a sua prática tendo como foco a família, em relação às responsabilidades das mulheres titulares de programas de transferência de renda.
Na prática, quem participa dos grupos de apoio dos CRAS e Centros de Convivência são quase sempre as mulheres. A mulher/mãe é vista como a grande multiplicadora dos conhecimentos, informações e orientações que recebe nas ações socioeducativas e que, a partir deste papel contribuirá para os objetivos voltados ao empoderamento, autoestima, dignidade, fortalecimento de vínculos.
“Tudo que estão relacionadas a essas famílias nós atendemos normalmente as mulheres. São pessoas de referência, é aquela que une, e que teria condições hoje de gerir melhor os recursos que são repassados por meio do programa de transferência de renda. Ou seja, normalmente, as mulheres têm mais compromisso com os filhos, em priorizar essa renda para as necessidades deles, da própria família em si, das pessoas que moram juntas, enfim, da sobrevivência.”, explicou José Mário Antunes, Secretário da Assistência Social.
No sentido de contribuir para a eficácia e eficiência de programas de transferência de renda como, por exemplo, o Bolsa-Família destacamos a instrumentalidade do papel das mulheres nos espaços domésticos, principalmente, o relacionado à maternidade, a gerência do recurso para beneficiar a família, principalmente as crianças, nos quesitos alimentação, vestuário, compra de material escolar, mobiliário para a casa, material de construção para melhoria das condições físicas da casa. “A capacidade de multiplicação dos pães que essas mulheres têm sempre causa surpresas” ponderou o secretário.
A beneficiária Lucila Helena Jorge Martins dos Santos, de 44 anos, recebe o Bolsa Família e também as oportunidades, oferecidas pelo CRAS Aeroporto, e mudou de vida. Lucila contou que durante muitos anos de sua vida profissional, trabalhou em escritório de construção civil e de contabilidade, e o artesanato veio na necessidade do cuidado com a saúde mental, pra tratar a depressão.
“Eu procurei o CRAS quando tive meu primeiro filho. Tive que pedir demissão porque eu não consegui ninguém para cuidar dele, aí eu comecei a desenvolver o quadro de depressão. Foi quando a médica me sugeriu para fazer alguma ocupação, algum tipo de terapia, daí a assistente social do posto de saúde indicou para eu procurar o Cras. E de lá para cá, sempre estou lá fazendo cursos, reciclando o aprendizado e ajudando no que for preciso. Fiz curso de tear, boneca de pano, corte e costura, PatWord, bordados, chinelos decorados, vários. Todo o curso na área que o Cras disponibiliza, eu faço”, conta Lucila.
Após concluir os cursos de qualificação profissional na área de artesanato, da Gerência de Trabalho, Ações e Cidadania, Lucila começou a participar de feiras e bazares na incubadora. Foi quando abriu o processo seletivo da prefeitura. “Fiz a seletiva e passei, com os cursos fui qualificada para a área em que estou hoje.” explicou
Nós, os alunos recebem certificado que podem ser usados como prova de títulos, como foi o caso da Lucila, que é casada e mãe de dois filhos, Lucas de 12 anos e Maria Luiza de 8 anos.
“O CRAS foi um divisor de águas na minha vida. Ali eu pude fazer os cursos com profissionais qualificadas e pudemos aprender não só na teoria, como também na prática.”
Atualmente a Lucila, além do trabalho na Incubadora, atua na galeria de artesanato no Shopping Bosque dos Ipês e no Shopping Norte Sul em regime de escala, e aos finais de semana, atua nas feiras da praça Ari Coelho e na Feira da Praça da Bolívia.
“A qualificação na área do artesanato dada pelo CRAS foi essencial na hora do processo seletivo. Assim como todo acompanhamento da coordenação do CRAS de todos os funcionários, que nos escolheram, nos incentivaram e incentivam até hoje a prosseguir a melhorar de vida. Os cursos que são oferecidos pela SAS por meio do CRAS nos ajuda a aumentar a renda familiar, e assim poder ficar mais perto dos filhos pequenos como foi o meu caso.” conclui.
Programa Bolsa Família
É um programa de transferência direta de renda, direcionado às famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o País, de modo que consigam superar a situação de vulnerabilidade e pobreza.
Os objetivos do programa são: combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; Combater a pobreza e outras formas de privação das famílias; Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.
Quem pode participar do programa?
As famílias extremamente pobres, que são aquelas que têm renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa; As famílias pobres, que são aquelas que têm renda mensal entre R$ 89,01 e R$ 178,00 por pessoa.
As famílias pobres que participam do programa precisam ter em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes entre zero e 17 anos.
Para se candidatar ao programa, é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com seus dados atualizados há menos de dois anos.
Caso atenda aos requisitos de renda e não esteja inscrito, procure o CRAS, Centro de Convivência ou a Sede da SAS, especificamente setor de Cadastro Único para realizar a inscrição.
Mantenha seus dados sempre atualizados informando à SAS qualquer mudança de endereço e telefone de contato e modificações na constituição de sua família, como nascimento, morte, casamento, separação, adoção, etc.
O cadastramento é um pré-requisito, mas não implica na entrada imediata das famílias no Programa, nem no recebimento do benefício. Mensalmente, o Ministério da Cidadania seleciona de forma automatizada as famílias que serão incluídas para receber o benefício.