Saúde

08/03/2019 13:22

Situação de emergência facilita compra de medicamentos contra dengue na Capital

Município registra epidemia

08/03/2019 às 13:22 | Atualizado 08/03/2019 às 12:58 Rodson Willyams
Wesley Ortiz / Arquivo

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse, na manhã desta sexta-feira (8), durante agenda pública realizada no seu gabinete, que o decreto que prevê a situação de emergência em razão dos casos no aumento expressivo de dengue é um alerta para que a população fique atenta e mantenha os terrenos limpos.

Segundo Marquinhos, "o decreto é um alerta para que a dona de casa e os proprietários de imóveis não edificados tenham consciência de que os casos estão se multiplicando. O índices ultrapassaram as notificações e o município precisa ficar atento no controle da epidemia", relata.

Uma vez que foi publicado o decreto, o município pode fazer a compra de insumos dispensando a licitação. "Nesta época do ano, os insumos são usados mais frequentemente e não podemos esperar um processo burocrático", diz o prefeito.

Decreto

A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência, em razão do aumento expressivo nos casos de dengue registrados neste ano, no Diário Oficial do Município (Diogrande). O prazo de vigência do decreto é de 180 dias.

Conforme o decreto, a medida se faz necessária diante da necessidade de resposta urgente ao controle de epidemia de dengue à população campo-grandense e com base nos indicadores estatísticos da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), que colocam a Capital em situação de epidemia.

O texto destaca a preocupação quanto a circulação simultânea dos sorotipos Den-1 e Den-4 e a reintrodução do sorotipo Den-2 que voltou a circular no município, o que aumenta a preocupação quanto ao  risco de epidemia de outras doenças cujo vetor também é o Aedes Aegypti, como a Chikungunya e o Zika Vírus, apontado como causador da microcefalia.

Além do ciclo epidêmico destas doenças que ocorrem de três em três anos, o mês de fevereiro registrou um volume considerado de chuvas,  383,2 mm quando o esperado era de 171,4mm, superando a media esperada em 123,57%, índices pluviométricos que favorecem a eclosão dos ovos.

Por conta disso houve um aumento da demanda por exames laboratoriais, consultas médicas, produtos e serviços de saúde, contratação de profissionais de saúde, necessidade de leitos hospitalares, em especial a partir de fevereiro e consequentemente aumentou o número de consultas nas Unidades de Pronto Atendimento  (UPAS) e demais unidades da rede;

Diante do aumento significativo de internações exigindo imediato aumento na oferta de pessoal, estrutura, materiais, equipamentos e aparelhamento hospitalar; Considerando o parecer da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil relatando a ocorrência deste desastre, sendo favorável à declaração de Situação de emergência.