13/04/2019 07:00
Com médicos em falta, horário estendido em UBSF não resolve superlotação de postos 24 horas
“De nada adianta esse horário se não tem médico, precisamos de médico, precisamos de atendimento”, dispara paciente
Mesmo com horário estendido em algumas unidades de saúde, a reclamação da demora de atendimento e até mesmo falta de médico continua constante em Campo Grande.
Os moradores do bairro Ana Maria do Couto ‘estão a ver navios’ quando recorrem ao atendimento da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Ana Maria do Couto. Desde janeiro, a unidade passou a atender das 7h às 19h.
“De nada adianta esse horário se não tem médico, precisamos de médico, precisamos de atendimento”, disse uma usuária do SUS (Sistema Único de Saúde), de 32 anos, que não quis de identificar.
Indignada, ela conta que não importa se é apenas consulta de rotina ou algo mais urgente, e que o horário estendido para evitar lotação nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de nada adianta se não tiver estrutura e profissionais para atender
“É um local que está aberto para ter consultas, ter médicos, tem horário estendido que seria para não ter lotação nas UPAS, mas não tem médico pra ser atendido, ai marcam pra outra semana, às vezes demora mais de semanas”.
“Ou seja, quem precisa está indo buscar atendimento em outras unidades, no Popular tem um médico, no Jardim Aeroporto um médico, sabe onde vai ter? Lá no Silvia Regina, que tem três médicos, mas e aí? Vai superlotar o Silvia Regina e não vai ter atendimento bom pra todo mundo. Eu mesma fui nas três unidades pra conseguir atendimento”, finaliza.
A prefeitura informou que a unidade estava com déficit de dois profissionais e apenas um atendendo, no entanto, novos profissionais devem ser convocados nesta semana que serão designados para suprir a demanda. Reforçou ainda que, mesmo com o quadro incompleto, todos os pacientes estão sendo assistidos e tiveram os agendamentos programados.