Polícia

03/03/2019 10:50

Padre é preso por abuso sexual a dois coroinhas menores de 14 anos

O inquérito demorou mais de um ano devido à complexidade do caso, incusive extrair informações de um celular e três computadores apreendidos

03/03/2019 às 10:50 | Atualizado 03/03/2019 às 10:32 Da redação/Siga Mais
Imagem ilustrativa/Pixabay

Um padre foi preso em Presidente Prudente, São Paulo, após ser indiciado por estupro de vulnerável. Segundo o G1, a Polícia Civil investiga o caso desde novembro de 2017 e o inquérito foi concluído em 19 de fevereiro deste ano, e encaminhado à Justiça, que decretou sua prisão preventiva. O padre é acusado de ter praticado atos libidinosos com dois garotos, menores de 14 anos, que exerciam as funções de coroinha em uma paróquia de Presidente Epitácio. As investigações apuraram que os atos ocorriam inclusive na casa paroquial.

Após a decretação de sua prisão preventiva, o padre não foi localizado, e na última quinta-feira ele se apresentou à Polícia Civil, em Presidente Prudente, e depois de ouvido foi levado à Penitenciária de Lucélia. Ao G1, o delegado Márcio Domingos Fiorese, de Presidente de Presidente Epitácio, disse que na época dos fatos as vítimas tinham menos de 14 anos. Ao serem ouvidas, fizeram “consistentes e contundentes declarações” sobre os abusos que teriam sido praticados pelo padre.

O delegado explicou que o inquérito demorou mais de um ano face à complexidade do caso, sendo necessários meses para extrair as informações dos materiais apreendidos na investigação: um celular e três computadores. O delegado afirmou ao G1 que as informações coletadas nos equipamentos comprovaram o perfil do padre, traçado pelas vítimas.

Ouvido pela polícia, o religioso negou todos os fatos. Ele estava morando em outro estado, depois que o caso começou a ser investigado pelas autoridades. “As informações [prestadas pelas vítimas] foram corroboradas pelas informações de ordem técnica colhidas [extraídas dos equipamentos apreendidos] pelo serviço de inteligência da Polícia Civil durante as diligências, que duraram mais de um ano”, disse o delegado ao G1.

Ainda de acordo com o G1, foi tentado contato com o bispo da Diocese de Presidente Prudente e com representantes da Igreja Católica, em Presidente Epitácio, sem retorno até a publicação da reportagem, publicada por volta das 19h deste sábado (2).