Polícia

há 5 anos

Em um mês: estuprador faz dez vítimas e ainda está nas ruas

Mulheres de uma cidade de MS estão em pânico com o maníaco a solta

02/03/2019 às 09:25 | Atualizado 02/03/2019 às 17:05 Anna Gomes
Suspeito foi flagrado por câmeras de segurança. - JP News

O mês de fevereiro fechou com ao menos nove ataques sexuais à mulheres na zona Leste de Três Lagoas. Todos atribuídos a um homem aparentando 30 anos e com tatuagens. A ocorrência mais recente foi na madrugada de sexta-feira (1), totalizando dez vítimas, com oito registros confirmados pelas polícias Civil e Militar.

De acordo com o JP News, a Polícia já deteve vários suspeitos para averiguação, um dos maiores problemas é a falta das denúncias. Na maioria dos casos, as vítimas ficam em choque ou muito nervosas para notarem características físicas dos agressores sexuais.

A DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) trata os casos como segredo de Justiça. Dos relatados, ao menos um ocorreu contra uma adolescente de 17 anos, na região do bairro Jardim Cangalha.

O tarado costuma agir nas últimas horas da madrugada. Aborda às vítimas, tocando-as em partes íntimas, além de ameaçá-las e falar palavras de baixo calão. Na quarta-feira (27 de fevereiro), por volta das 5h, na Rua Egídio Tomé, o homem teria emparelhado uma moto que pilotava com a bicicleta de uma vítima e tentou derrubá-la. Ele passou a mão nas nádegas da mulher, que conseguiu pedir socorro e fugir.

Ele pode ter sido filmado por câmeras de segurança logo após os crimes.

SEMELHANÇAS

Somente nesta semana dois homens foram detidos por suspeita dos crimes, mas em regiões distintas da cidade. A polícia desconsiderou a relação com o tarado que age na zona Leste.

Apesar da semelhança, a Polícia Civil acredita que se trata de situações distintas e que, possivelmente, existam dois suspeitos com ações semelhantes. Há uma semana, um menor teria sido apreendido em flagrante, por crime sexual. Segundo a delegada da Mulher, Patrícia Abranches, as informações são mantidas em sigilo, a fim de não comprometer o andamento das investigações.

Já o delegado adjunto Marcílio Ferreira, da 2ª Delegacia de Polícia, chama a atenção para que as mulheres evitem sair sozinhas. "De preferência, acompanhada de amigos, pais, maridos. É importante informar qualquer situação à polícia. Denunciar qualquer ataque, para que possamos deter rapidamente, o agressor".