TEMPORAL

27/02/2019 15:00

Contabilizando prejuízos, florista lembra desespero: 'pediam ajuda e não tinha como passar'

Daniel viu suas mercadorias serem arrastados pela correnteza e muitas pessoas pedindo socorro para fugir da enxurrada

27/02/2019 às 15:00 | Atualizado 28/02/2019 às 07:24 Dany Nascimento
André de Abreu

O proprietário de uma floricultura da Avenida Ernesto Geisel, Daniel Viana, 45 anos, afirma que assustou com a chuva que caiu na Capital na tarde de ontem (26). Ele destaca que viu a Avenida se tornar um rio de correnteza forte e, mesmo construindo duas contenções na frente do estabelecimento, Daniel viu mercadorias descerem ‘rio abaixo’.

“Eu até tentei sair, queria ir ajudar as pessoas que pediam socorro, mas não dava, a água estava muito alta. Ela invadiu a floricultura e a correnteza estava muito forte, foi assustador. Muitos carros estragaram, alguns vasos de plantas que tínhamos na frente foram levados pela enxurrada, que também invadiu o quintal da floricultura”, explica Daniel.

Ele destaca que, quando decidiu tocar o estabelecimento na região, comprou 160 caminhões de aterro para tentar não ser afetado pela chuva. “É só olhar o nível do terreno do lado e o meu, está bem mais alto. Fiz isso para tentar não ser vítima da chuva, mas mesmo assim, ela atingiu a contenção mais alta. Cada vez está ficando pior, a água sobe cada vez mais”.

Na primeira chuva forte que encarou, Daniel viu o nível de água subir até a primeira barragem. “Alcançou a primeira contenção, assustamos. Foi parecido com o que aconteceu ontem, teve carros estragados, correnteza forte. Mas o que registramos ontem foi bem pior, pessoas pediam ajuda e não tinha como passar, a água estava tão forte que poderia levar quem tentasse ajudar”.

O comerciante disse ao TopMídiaNews que a população passa a ter medo de trafegar no local e, isso, afeta diretamente as vendas da floricultura. “Pagamos nossos impostos em dia, não podemos passar por isso sempre. Eu deixei de ganhar 50% do lucro diário pelo que aconteceu ontem. Mas meu comércio fica prejudicado no dia a dia também, porque as pessoas tentam evitar essa região porque sempre acontece problemas com chuva forte. É difícil, a prefeitura tem que fazer alguma coisa para que não passamos mais por isso”.

Prefeitura

O TopMídiaNews entrou em contato com a prefeitura, mas até o fechamento desta matéria, nenhuma resposta foi encaminhada.