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há 5 anos

Tattoo de Bolsonaro impede musa de Vila Maria de desfilar

A Unidos de Vila Maria recomendou a moça que não desfilasse para evitar polêmicas envolvendo o nome da escola e Bolsonaro

23/02/2019 às 17:24 | Atualizado 23/02/2019 às 16:59 Msn
Reprodução/Instagran

A musa da escola de samba Unidos de Vila Maria, Erika Canela, de 27 anos, foi impedida de desfilar, no carnaval deste ano, por ter tatuado no corpo um desenho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com “arminha” nas mãos e faixa presidencial.

Já estava tudo pronto para a musa cruzar a avenida este ano, mas depois da enxurrada de críticas que recebeu, e a má repercussão gerada pela tatuagem, nas redes sociais, a Unidos de Vila Maria recomendou a moça que não desfilasse para evitar polêmicas envolvendo o nome da escola e Bolsonaro. O vice-presidente da agremiação Valter Belo que comunicou Erika.

No Instagram, Erika recebeu comentários questionando sua admiração ao presidente. “Uma negra defendendo o Bolsonaro, que absurdo”; “Você prestando homenagem para o Bolsonaro e ele fazendo tudo de ruim”; ” Que absurdo você querer se promover com política, nem sabe do que está falando. Só quer polemizar.”

“Não vou poder mais desfilar. Tudo aconteceu depois que dei uma entrevista falando que mostraria a tatuagem do Bolsonaro na avenida e recebi muitas críticas. Fui muito discriminada por isso, me xingaram. Com isso, soube que a Liga das Escolas de Samba teria entrado em contato com a Vila Maria, falando que eu não poderia desfilar. Aí a escola entrou em contato comigo e resolvemos que não vou mais desfilar. Não quero prejudicar a Vila Maria de forma alguma”, contou a musa.

A Unidos de Vila Maria confirma impedimento e diz não “compactuar” com a escolha da jovem. Para a escola “zela pela alegria, irreverência e cidadania de seus componentes”.

A tatuagem de Bolsonaro foi feita por Erika no fim de 2018, assim que ela soube o resultado da eleição. Na época, ela compartilhou o novo desenho e escreveu: “Qualquer semelhança é mera coincidência D. Trump x Bolsonaro. Direitas e conservadores. Mudança que o Brasil precisava. E que comece o mimimi”.