Política

há 5 anos

Simone diz que projeto da Previdência é injusto para mulheres e aposta na desaprovação

Para senadora, ‘rombo’ nas contas do país tem mais impacto vindo de privilégios de militares e autoridades públicas

23/02/2019 às 13:22 | Atualizado 24/02/2019 às 13:55 Amanda Amaral
Wesley Ortiz

A senadora Simone Tebet (MDB) diz que a reforma da Previdência, entregue ao Congresso na quarta-feira (20), deve ser recusada. A parlamentar não concorda com alguns pontos do texto, entre eles o cálculo da idade e o tempo de contribuição para as mulheres se aposentarem.

“Acho que entra de um jeito e sai do outro, como todo projeto polêmico. Eu não concordo com a diferença de três anos entre homens e mulheres. Se você pegar os cálculos, não é isso que causa esse rombo de três bilhões de reais, como está nos privilégios, e os militares, no serviço público, na aposentadoria das autoridades públicas”, classificou.

Simone esteve em Campo Grande neste sábado (23) para entrega de aparelho de tomografia na Santa Casa de Campo Grande. O governo federal estima que a nova Previdência vai trazer uma economia de mais de R$ 1 trilhão em dez anos e um dos primeiros passos, que entra em vigor assim que a reforma for promulgada pelo Congresso, é a mudança no sistema de alíquotas de contribuição para a Previdência.

O tempo de contribuição mínimo para as mulheres também foi questionado pela senadora, que pede para ser levado em consideração analisando o contexto social do mercado de trabalho, mais positivo para homens no geral. Hoje, as mulheres precisam contribuir por 35 anos, mas o projeto defende que sejam 40.

“Mas não tem saída, e infelizmente a mudança tem que ser profunda, mas não precisa atingir o andar de baixo, as pessoas que já são injustiçadas. Nós vamos aguardar o mais rápido possível a previdência dos militares para fazer um paralelo, mas não tenho dúvida que ela vá ser aprovada ainda esse ano”, afirmou.