Política

28/01/2019 13:56

Marquinhos critica atraso para investigar Energisa e diz que agora só Aneel terá solução

Prefeito diz que a concessão é federal e a Câmara não teria condições de analisar o caso

28/01/2019 às 13:56 | Atualizado 29/01/2019 às 07:23 Rodson Willyams
Rodson Willyams

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse, nesta segunda-feira (28), que somente a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pode resolver o problema de cobranças abusivas na energia elétrica em Mato Grosso do Sul.

Apesar dos parlamentares da Capital terem tomado a iniciativa de buscar explicações e cogitarem até abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a Casa de Leis não teria competência, uma vez que a concessão de energia é federal.

"Não adianta fazer decalque, bater panelas, promover carreatas. Tem que ir com argumentação técnica e com equipe. Sentar na Agência Nacional de Energia Elétrica e debruçar as planilhas e demonstrar que os números que eles jogam para a gente não são tão reais quanto o que a gente tem aqui no nosso Estado", diz.

Enquanto deputado estadual, o prefeito Marquinhos atuou contra os abusos da concessionária de energia elétrica no Estado e até uma CPI foi instala na época para investigar a então Enersul. "Nós saímos da terceira tarifa mais cara do país para a 24ª tarifa mais barata do país", comentou.

Por isso, ele critica a omissão da Assembleia Legislativa, que chegou a criar uma nova CPI, mas não levou as denúncias pra frente. "Por incrível que pareça, nesses dois anos, só no passado, o valor do quilowatts/hora subiu mais de 30%".

E emendou: "a gente só sente quando as coisas acontecem, brasileiro só corre atrás do desastre. Na época, a CPI seria apenas um ponto, mas teria que ter havido o acompanhamento".

Ele explica que, "agora, dia 8 de abril, vai decidir o valor de quilowatts/hora. Esse acompanhamento deveria ter sido feito desde novembro para começar a contestar as planilhas. O cuidado tinha ter sido feito em novembro, dezembro (2018), janeiro, fevereiro e março (2019). Cinco meses de trabalho. Isso ganha em transitado e julgado. Se não tiver um contraponto, não tem jeito. É peso pesado contra peso leve".

Assim, mesmo a Câmara Municipal tendo a iniciativa de questionar os preços, Marquinhos afirma que ela não teria 'competência' para tratar a questão junto a Energisa. "É uma concessão federal e não tem competência".

A mesma posição também foi confirmada pelo líder do prefeito na Casa de Leis, vereador Chiquinho Telles (PSD) que endossou o coro: "não tem competência".