Cidades

21/01/2019 13:08

Esquecido: ministro da Infraestrutura anuncia obras de ferrovias e deixa MS de fora

Governador batalha por investimento para malha viária do Estado

21/01/2019 às 13:08 | Atualizado 21/01/2019 às 13:08 Rodson Willyams com informações da Agência Brasil
Projeto da Ferrovia TransAmericana passará por Corumbá. - PortalMS

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que o governo do presidente Jair Bolsonaro planeja lançar três novas concessões de ferrovias até o início de 2020, num “programa ambicioso, mas possível”. Mato Grosso do Sul, no entanto, ficou de fora do projeto.

Conforme a publicação da Agência Brasil, o primeiro trecho a ser concedido, em março, deverá ligar Porto Nacional, no Tocantins, a Estrela D’Oeste, em São Paulo, integrando uma conexão entre os portos de Itaqui (MA) e Santos (SP).

As outras duas concessões devem ser realizadas ainda em 2019 ou até o início de 2020, segundo Gomes de Freitas. Uma, na chamada Ferrovia de Integração Oeste-Leste, deverá ligar Caetité ao Porto de Ilhéus, na Bahia. A outra, compor uma linha chamada Ferrogrão, em Mato Grosso.

Pagamento

O ministro disse ainda que pretende realizar a prorrogação antecipada de trechos já concedidos, sendo que as outorgas devidas em decorrência da medida poderão ser pagas pelas concessionárias por meio da construção de novos segmentos ferroviários, cuja propriedade deverá ser da União.

A primeira ferrovia a ser construída dessa forma vai ser a de integração do Centro-Oeste, segundo o ministro. A previsão é que o trecho ligue Água Boa, em Mato Grosso, a Campinorte, em Goiás.

Sonho dourado

Embora não seja uma concessão, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) quer que o governo federal recupere a malha viária da Malha Oeste com o objetivo de viabilizar a Ferrovia Transamericana.

Enquanto deputada federal, Tereza Cristina (DEM), agora ministra da Agricultura, chegou conversar com Tarcísio Gomes de Freitas, que na época ocupava o cargo de secretário de Coordenação de Projetos da Secretaria Especial do PPI, no governo de Michel Temer, para viabilizar o projeto.

No entanto, o projeto foi assegurado para a recuperação de 1,9 mil quilômetros, no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) com o compromisso de investimento de R$ 5 bilhões.