Política

08/01/2019 08:32

Bolsonaro e ministros debatem hoje metas dos próximos 100 dias

Presidente reunirá no Planalto o Conselho de Governo, formado por ele, Mourão e todos os ministros

08/01/2019 às 08:32 | Atualizado 08/01/2019 às 07:49 Dany Nascimento
Marcos Corrêa / Presidência da República Exonerações

O presidente Jair Bolsonaro comandará nesta terça-feira (8) no Palácio do Planalto a segunda reunião ministerial do novo governo.

A expectativa é que, na reunião, os ministros avancem nas discussões sobre:

•            propostas que serão implementadas nas próximas semanas;

•            revisão de contratos, exonerações e liberações de recursos;

•            revisão de normas burocráticas para dar mais eficiência ao governo.

Segundo a colunista Andréia Sadi, no encontro também, o presidente deve cobrar de cada ministro as metas dos próximos 100 dias.

Bolsonaro assumiu a Presidência há uma semana e pretende reunir sempre às terças-feiras o Conselho de Governo, composto por ele, pelo vice-presidente Hamilton Mourão, pelos ministros de Estado e pelo chefe de gabinete da Presidência.

Reunião anterior

A primeira reunião ministerial do governo foi realizada no último dia 3 com a presença dos 21 ministros empossados e de Roberto Campos Neto, indicado para o Banco Central.

Após o encontro, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou uma série de medidas:

•            Revisão em cada ministério das liberações de recursos e das exonerações realizadas nos últimos 30 dias de 2018;

•            Preenchimento dos cargos de segundo e terceiro escalões por meio de "critérios técnicos";

•            Reunir nas capitais as estruturas dos ministérios nos estados, a fim de se permitir a venda de imóveis federais (cerca de 700 mil);

•            Revisão de todos os contratos de locação da União;

•            Revisão e "pente-fino" em todos os conselhos que atuam junto à administração direta (órgãos do Executivo).

Movimentação 'incomum'

Em entrevista ao final da reunião, Onyx Lorenzoni afirmou que houve uma "movimentação incomum" de exonerações, indicações e liberação de recursos nos últimos 30 dias da gestão Temer.

Antecessor de Onyx, o ex-ministro da Casa Civil Eliseu Padilha respondeu, afirmando em nota que não houve "nenhuma anomalia".

Exonerações

Segundo Onyx, na primeira reunião ministerial, Bolsonaro autorizou os ministros a repetirem o ato da Casa Civil que exonerou funcionários em cargos comissionados ou com funções gratificadas a fim de promover o que ele chamou de "despetização" do governo.

A Casa Civil exonerou cerca de 320 funcionários na semana passada. Os exonerados interessados em retornar passarão por uma "avaliação" para aferir perfil e como cada um foi indicado para o cargo.

Embora Onyx tenha falado em "despetização" do governo, numa referência ao PT, os funcionários do governo Dilma Rousseff foram orientados pelo partido a deixar os cargos ainda em maio de 2016, quando Michel Temer (MDB) assumiu o governo, em razão do impeachment.

Além disso, o próprio governo Temer buscou exonerar pessoas vinculadas ao governo Dilma.