04/01/2019 14:57
Estatuto de Itaipu permite a Bolsonaro exonerar Marun
Equipe técnica do presidente havia dito que não poderia em razão da nomeação ser um ato jurídico perfeito
Carlos Marun (MDB/MS) poderia ser exonerado do Conselho de Itaipu, de acordo com o estatuto da Hidrelétrica binacional. A equipe técnica de Jair Bolsonaro (PSL) havia justificado que o ex-deputado por MS não poderia ser demitido em razão de sua nomeação ter sido um ato jurídico perfeito.
Segundo publicado pela coluna do Estadão, o texto diz que ''a qualquer momento os governos poderão substituir os conselheiros que nomearam''. O governo brasileiro tem seis nomes no conselho.
A Coluna revelou que Bolsonaro não gostou nada de seu antecessor, Michel Temer, ter nomeado seu ex-ministro para a vaga num dos últimos atos do seu governo. E que havia decidido revogá-lo.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, criticou publicamente a medida de Temer.''Pode não ser ilegal, mas não foi ética. Todo mundo sabe que o ex-presidente fez isso como prêmio'', disse ele ao blog da Andréia Sadi, no G1.
Mas, informado de que não poderia tecnicamente reverter a decisão, Bolsonaro encerrou o assunto. No cargo, Marun irá participar de reuniões bimestrais e receber mais de R$ 20 mil de salário.