Política

04/01/2019 14:57

Estatuto de Itaipu permite a Bolsonaro exonerar Marun

Equipe técnica do presidente havia dito que não poderia em razão da nomeação ser um ato jurídico perfeito

04/01/2019 às 14:57 | Atualizado 05/01/2019 às 09:39 Thiago de Souza com informações da Coluna Estadão
Marun poderia ter sido exonerado, diz estatuto - Guilherme Pires Dourados News

Carlos Marun (MDB/MS) poderia ser exonerado do Conselho de Itaipu, de acordo com o estatuto da Hidrelétrica binacional. A equipe técnica de Jair Bolsonaro (PSL) havia justificado que o ex-deputado por MS não poderia ser demitido em razão de sua nomeação ter sido um ato jurídico perfeito.

Segundo publicado pela coluna do Estadão, o texto diz que ''a qualquer momento os governos poderão substituir os conselheiros que nomearam''. O governo brasileiro tem seis nomes no conselho.

A Coluna revelou que Bolsonaro não gostou nada de seu antecessor, Michel Temer, ter nomeado seu ex-ministro para a vaga num dos últimos atos do seu governo. E que havia decidido revogá-lo.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, criticou publicamente a medida de Temer.''Pode não ser ilegal, mas não foi ética. Todo mundo sabe que o ex-presidente fez isso como prêmio'', disse ele ao blog da Andréia Sadi, no G1.

Mas, informado de que não poderia tecnicamente reverter a decisão, Bolsonaro encerrou o assunto. No cargo, Marun irá participar de reuniões bimestrais e receber mais de R$ 20 mil de salário.