Polícia

há 5 anos

Homofobia: cabeleireiro é esfaqueado e morto após ser provocado por agressores

Irmão da vítima disse que ele estava feliz porque tinha se casado recentemente no cartório com o marido e planejavam adotar uma criança

23/12/2018 às 08:36 | Atualizado 23/12/2018 às 08:19 Da redação / Catraca Livre
Reprodução / Catraca Livre

Mais uma vítima da homofobia entra para a lista assustadora de crimes ocorridos no país. Dessa vez, foi o cabeleireiro Plínio Henrique de Almeida Lima, de 30 anos, assassinado com uma facada em plena Avenida Paulista, em São Paulo, na altura da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. O crime aconteceu na noite da última sexta-feira, 21, tendo como testemunhas o marido e um casal de amigos homoafetivo.

Após ser provocado por dois rapazes, ainda não identificados pela polícia, Plínio foi esfaqueado e morto. Os agressores fugiram em seguida. O cabeleireiro foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, onde não resistiu ao ferimento e morreu.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil no 78º Distrito Policial (DP), Jardins. A delegacia busca câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação de suspeitos do crime.

A família do cabeleireiro afirma que ele foi vítima de homofobia. “Ele era negro, do candomblé e gay”, disse Felipe Almeida Lima, de 32 anos, sobre o irmão Plínio, em entrevista ao G1. “Estava feliz porque tinha se casado recentemente no cartório com o marido e planejavam adotar uma criança,” completou.

De acordo com o irmão, as ofensas direcionadas a Plínio tiveram início porque ele estava de mãos dadas com o marido. Segundo consta no boletim de ocorrência, um dos amigos se irritou e discutiu com os rapazes, agredindo um deles. O rapaz que foi agredido pegou uma faca e feriu Plínio no peito.