17/12/2018 17:00
VÍDEO: 3 anos após morte de irmãs no Japão, netas voltam para os braços da avó em Campo Grande
Desde 2016, Maria Aparecida tentava obter a guarda das crianças no país oriental
Agachada e com muitas lágrimas nos olhos, Maria Aparecida Amarilha Scardin recebeu as duas netas, de 6 e 8 anos, que estavam no Japão, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, nesta segunda-feira (17). A mãe e a tia das meninas foram assassinadas no país oriental em dezembro de 2015.
A avó lutou pela guarda das pequenas, que tiveram de ficar no Japão todo esse tempo. Maria não escondeu a emoção de ter nos braços aquilo que é fruto da filha, que já não pode mais abraçar. Em 2016, Amarilha saiu de Campo Grande e foi ao Japão tentar conquistar a guarda das crianças.
''Jeová me presenteou com a chegada das minhas netas ao Brasil... Desde já quero agradecer as pessoas no Japão as que as presentearam com roupas, calçados e brinquedos... Muito obrigada pelas pessoas que no decorrer de toda essa espera me colocaram em suas orações... DEUS ABENÇOE a TODOS '', escreveu Amarilha em sua rede social.
As meninas estavam um pouco assustadas no início, mas abriram o sorriso logo em seguida. Uma parente exclamou para as duas: ''bonitinhas''. Maria Aparecida disse a elas: ''é a vovó Maria''.
Na seção de comentários, Maria recebeu o carinho dos amigos com mensagens de amor.
''Glória a Deus. Você conseguiu...Deus é maravilhoso'', escreveu uma internauta. Outra amiga de Maria Aparecida emendou: ''Nossa, demorou, mas finalmente elas estão com a senhora. Que Deus abençõe mais ainda a senhora''.
O caso
As irmãs campo-grandenses, Akemy Maruyama, à época com 27 anos, e Michelle Maruyama, à época com 29 anos, foram encontradas mortas em um apartamento da cidade japonesa de Handa.
O corpo de bombeiros local havia sido acionado para combater um incêndio e encontraram os corpos carbonizados e com sinais de estrangulamento, aparentemente ocorrido um dia antes.
Segundo as autoridades japonesas, as duas foram assassinadas por um peruano, ex-marido de Akemy, que foi preso. Eles foram casados por seis anos, mas estavam separados havia três meses.
O suspeito do crime é pai de uma menina que já morava com a avó em Campo Grande, porque ela sofria maus-tratos no outro lado do mundo.