12/12/2018 16:38
Pais de Gabrielly e testemunhas de agressões são ouvidos pela polícia
O laudo necroscópico não está pronto, devido à necessidade de fazer exames mais detalhados
Foram ouvidos formalmente os pais de Gabrielly Ximenes, de 10 anos, que morreu supostamente após espancamento no dia 29 de novembro ao sair da escola Lino Villachá, na zona norte, em Campo Grande.Ao todo, já foram ouvidas 14 pessoas.
Segundo a delegada titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Ariene Murad, além dos pais, outras testemunhas, como os comerciantes que trabalham ao redor da escola foram ouvidos pela polícia.
A delegada informou ainda que o laudo necroscópico ainda não está pronto, devido a necessidade de fazer exames mais detalhados para identificar se a agressão foi a causa do óbito. A menina sofreu uma queda em maio deste ano na escola.
Foi solicitado também, todo o histórico de internações da menina para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e Santa Casa, local da última internação da menina.
O caso
Gabrielly Xinemes teria sido espancada na escola por uma criança de 10 anos e outras duas meninas de 14 anos há duas semanas, na Capital. A família teria acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a criança foi atendida na Santa Casa de Campo Grande. A assessoria de imprensa do hospital informou que Gabrielly passou por exames e nenhuma lesão foi constatada.
Já em casa, a menina começou a reclamar de dores na virilha. Ela foi levada para uma Unidade de Saúde, em seguida para o CEM. “Colocaram uma tala na perna dela, mas ela sentiu mais dores ainda. A dor era na virilha e não na perna. Chegou um momento que minha filha começou a ficar muito febril e não andava mais, daí levamos ela novamente na Santa Casa”, conta o pai.
A menina deu entrada na Santa Casa, passou por exames, que constataram que a menina estava com infecção no líquido e tecidos de uma articulação, geralmente causada por bactérias, mas ocasionalmente por vírus ou fungos. Ela passou por cirurgia, teve quatro paradas cardiorrespiratórias e não resistiu vindo a óbito no dia 6 de dezembro.