Polícia

07/12/2018 12:51

Polícia acha que espancamento foi 'leve' para matar e analisa histórico de saúde de Gabrielly

Para investigadores, golpe dados pelas colegas não contribuíram na morte de estudante de 10 anos

07/12/2018 às 12:51 | Atualizado 08/12/2018 às 09:02 Rodson Willyams
Anna Gomes/Arquivo

A delegada Fernanda Félix, titular da Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), espera laudo pericial que deve apontar se Gabrielly Ximenes, 10 anos, tinha algum tipo de doença pré-existente. O documento deve ficar pronto no prazo de 10 dias.

A Polícia Civil suspeita que a agressão das colegas de escola seria insuficiente para matar a menina e que ela teria alguma doença que agravou o quadro de saúde dela após a cirurgia. 

Segundo a delegada, Fernanda Félix, a causa da morte apontada no atestado de óbito seria tromboembolismo pulmonar. A menina foi submetida à cirurgia na Santa Casa.

"Nós tivemos acesso a parte do prontuário. Ela teve sete paradas cardiorrespiratória. O médico legista nos informou que ela teve uma artrite séptica e infecção generalizada e por isso foi submetida a cirurgia. O estado dela era grave".

"Mas é importante ressaltar que os golpes que a menina recebeu não seriam suficientes para ocasionar uma lesão. A menina que a teria agredido tinha 9 anos e ela tinha 10. Ela não tinha marcas de agressão, mas reclamava de dor na virilha. Nós acreditamos que ela poderia ter algum outro fator de saúde que ainda é desconhecido para nós", explica.

A delegada ainda informou que as meninas teriam tido uma discussão ainda dentro da escola. A menina de 9 anos - indicada como de 10 anos pelos pais da vítima - prestou depoimento ontem (6) à polícia e relatou o fato. Ela disse que brigou sozinha.

"Foi um xingamento dentro da escola. Daí elas saíram mais cedo e estavam caminhando juntas para casa. A menina de 9 anos agrediu a de 10 anos e deu três golpes de mochila. O professor, que é testemunha, chegou posteriormente ao fatos e socorreu a menina. Ele salvou a vida dela. Mas isto já ocorreu fora da escola", comentou.

O diretor da escola ainda  teria dito, em depoimento, que Gabrielly já teria sido atendida na escola pelo Samu. "Nós pedimos todas as passagens dela pelo sistema de saúde. E também estamos aguardando o resultado de outros lados que devem chegar em breve".

Gabrielly foi sepultada nesta manhã em Campo Grande. O caso aconteceu no dia 29 de novembro, mas a menina morreu nesta quinta-feira (6), na Santa Casa.