Polícia

há 6 anos

Para esconder crime, assassina de ex-superintendente comprou toalha suja de sangue de motel

Antes de deixar o estabelecimento, Fernanda entrou no quarto para se limpar do sangue de Daniel Nantes Abuchaim

21/11/2018 às 12:55 | Atualizado 22/11/2018 às 07:46 Kerolyn Araújo
Reprodução/Facebook

Para que funcionários do motel não desconfiassem que havia ocorrido um crime no local, Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, 28 anos, comprou uma toalha suja de sangue antes de deixar o estabelecimento e desovar o corpo do ex-superintendente Daniel Nantes Abuchaim no Jardim Veraneio. O caso ocorreu na última segunda-feira (19), em Campo Grande.

Segundo o delegado Geraldo Marin, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, Fernanda matou Daniel dentro do carro, mas antes de deixar o motel entrou no quarto para se limpar. Para não deixar rastros do crime, ela comprou do estabelecimento a toalha utizada para remover o sangue deixado local.

Ao deixar o motel com Daniel já morto, Fernanda foi até o Jardim Veraneio, onde desovou o corpo da vítima às margens de uma estrada vicinal.

Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Daniel chegou ao motel acompanhado de Fernanda. Eles estavam no carro da autora, um Pajero, que foi abandonado na cidade de Bonito, para onde a assassina fugiu com a namorada após matar a vítima.

Fernanda retornou para Campo Grande na terça-feira (20) e foi presa no mesmo dia, na casa de parentes, no bairro Los Angeles. À polícia, a assassina disse que ela e a namorada estavam sofrendo assédio por parte de Daniel. Por vingança, ela decidiu matá-lo. ''O crime foi premeditado'', afirmou o delegado.

A polícia investiga se a autora agiu sozinha ou se há mais envolvidos na morte de Daniel. 

O caso

O corpo de Daniel foi encontrado no início da tarde de segunda-feira (19), às margens de uma estrada vicinal no prolongamento da rua Desembargador Leão Neto do Carmo, no Jardim Veraneio. Ele estava nu e, junto com o corpo, havia uma camisa e uma toalha suja de sangue. A vítima foi morta a facadas.

Daniel foi superintendente na gestão de André Puccinelli (MDB) e respondia processo por improbidade administrativa.