Cidades

15/11/2018 17:34

Secretário municipal diz que será 'fácil' repor médicos cubanos no sistema de saúde

No entanto, destaca que cidades do interior sentirão a falta dos profissionais

15/11/2018 às 17:34 | Atualizado 15/11/2018 às 17:27 Thiago de Souza
Secretário diz que médicos serão repostos facilmente - Reprodução Douranews

O secretário de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, disse na manhã desta quinta-feira (15), que a prefeitura tem condições de repor os médicos cubanos que fazem parte do programa Mais Médicos. O país caribenho anunciou rompimento de convênio com o Brasil após exigências impostas pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).

A fala do secretário foi dada ao Douranews. ''Nós temos 22 médicos do programa e desses, calculo que chega a uns 5 os que são cubanos, a princípio será fácil fazer a reposição desses médicos para manter o programa em Dourados'', disse Vidigal.

No entanto, o titular da Saúde na segunda maior cidade do estado alertou que os profissionais de saúde farão falta a algumas regiões do estado e do país.

''Acredito que cidades do interior terão mais dificuldade para essas reposições pelo programa”, disse Renato, que acrescentou que, como o Brasil forma em torno de 20 mil médicos por ano, e a tendência é aumentar esse número 'nós podemos suprir esse problema'', refletiu o político. O Ministério da Saúde já avisou que vai publicar edital de chamamento a profissionais para suprir essa eventual deficiência.

Ainda de acordo com o site, as autoridades cubanas anunciaram nessa quarta-feira (14), a saída de seus profissionais do programa. Em mensagem publicada na conta que mantém no Twitter (@DiazCanelB), o presidente cubano Diaz Canel pediu respeito e defendeu os serviços de seus especialistas no Brasil, após questionamento do presidente eleito Jair Bolsonaro, que, segundo ele, fez referências diretas, depreciativas e ameaçadoras sobre a presença dos médicos cubanos no País.

Já o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, disse que está disposto a manter o programa Mais Médicos e que vai substituir os cerca de 8.500 profissionais cubanos por brasileiros ou estrangeiros. Ele afirmou que os cubanos que quiserem atuar no país devem revalidar os diplomas.