Cidades

15/11/2018 11:30

Decisão de Bolsonaro, fim do Mais Médicos tira 114 profissionais de MS

O novo presidente anunciou mudanças no programa mais médicos; governo de Cuba informou que os profissionais devem deixar o Brasil

15/11/2018 às 11:30 | Atualizado 16/11/2018 às 08:32 Dany Nascimento
André de Abreu

A decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve deixar Mato Grosso do Sul sem 114 médicos, que prestam atendimento no SUS (Serviço Único de Saúde) através do programa ‘Mais Médicos’. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, o programa possui 205 médicos no Estado e 114 desses são cubanos.

Conforme dados divulgados pela Secretaria, em Costa Rica cinco médicos atendem a população através da parceria com Cuba. Coxim conta com seis profissionais, Dourados conta com nove médicos de Cuba, Rio Verde possui quatro profissionais. Mais de 45 municípios de MS serão afetados e devem diminuir o número de profissionais prestando atendimento na saúde pública.

Bolsonaro anunciou que pretende modificar os termos de colaboração com o país caribenho, da decisão que está em vigor há cinco anos. O programa traz médicos de outros países para atuarem em regiões em que há déficit de profissionais de saúde. A maioria dos médicos do programa vem de Cuba, após acordo de parceria do Ministério da Saúde do Brasil com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

Ao tomar conhecimento da decisão do novo presidente do Brasil, o governo de Cuba informou que irá sair do programa Mais Médicos. O país manda profissionais para atuar no Brasil desde 2013, em meio à polêmica sobre diploma e salários. O acordo foi firmado pela ex-presidente do país, Dilma Rousseff que criou o programa para atender regiões carentes de cobertura médica.