Há ocasiões que o silêncio pode falar mais que mil palavras. E, neste contexto, é de se estranhar o silêncio de Soraya Thronicke e Nelsinho Trad em dois episódios recentes que chacoalharam Brasília e fizeram o Brasil passar vergonha internacional.
O primeiro foi o desastre do presidente Jair Bolsonaro na ONU, que virou manchete internacional por ser negacionista e não ter tomado a vacina contra a covid-19. Como cereja do bolo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para a doença e deve ficar de quarentena em Nova Iorque.
Nelsinho está nos Estados Unidos também, mas nenhuma palavra sobre o assunto. Nas redes sociais, ele anuncia que está em "Missão em Washington" debatendo "caminhos p/ conservação e desenvolvimento sustentável da #Amazonia".
"À frente do Parlamaz, cabe a nós buscarmos as melhores alternativas p/ um trabalho em conjunto. Representamos um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo", escreveu no Twitter.
O segundo episódio vergonhoso foi o machismo durante a CPI da Covid. Simone Tebet, colega de bancada de Nelsinho e Soraya, foi chamada de "descontrolada" pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e nenhum dos dois fez uma nota sequer de apoio.
Neste ponto, mais triste ver o silêncio de Soraya, representante das mulheres no Congresso Nacional e que, supostamente, deveria ter sororidade com outra política atacada.