O protesto contra a reforma da previdência está ganhando cada vez mais força, com parlamentares acuados e evitando o confronto. Depois de acampamentos em frente às residências dos deputados federais Carlos Marun (PMDB) e Tereza Cristina (PSB), os trabalhadores agora se dividem também para pressionar Luiz Henrique Mandetta (DEM).
O grupo em frente ao apartamento do parlamentar, na Avenida Pedro Celestino, região central de Campo Grande, ainda é pequeno, mas suficiente para fazer barulho. Com faixas e cartazes, os profissionais exigem um posicionamento firme do sul-mato-grossense para barrar a proposta que prevê aposentadoria integral apenas para idosos com 65 anos e 49 anos de contribuição.
A luta é árdua e enfrenta retaliação. Até o momento, Marun já atacou os trabalhadores chamando a manifestação de “covarde”, Elizeu Dionizio (PSDB) criticou duramente o sindicalista Roberto Botarelli, insinuando que os professores são massa de manobra da Fetems, e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) prometeu cortar o ponto dos servidores da rede pública estadual.
Tereza Cristina, por enquanto, apenas evitou o confronto. Vice-líder do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara Federal, a parlamentar entrou em contato com representantes do movimento e agendou uma reunião com o grupo, que será realizada no próximo domingo (19), às 8h30, no escritório dela.