Quatro dias se passaram desde a morte de Carolina Albuquerque Machado, 24 anos. O assassino, o tal ‘estudante de medicina’ (vamos colocar entre aspas sim*) João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, já está livre leve e solto. E simplesmente foi acobertado pela polícia. E fica a pergunta: qual o motivo?
Seria porque ele é jovem? Bem de vida, afinal dirigia uma caminhonete Nissan Frontier, nada barata. Ou motivos mais escusos?
Acostumados com cobrir polícia todo dia, nós jornalista já sabemos, qualquer prisão feita é a mesma coisa, delegados rapidamente se apressam em promover logo coletivas de imprensa e colocar a bandidagem frente a frente com as câmeras. Mas, pelo que parece, isso só vale quando é pé rapado né.
Quando o tal suspeito (afinal, agora a polícia já usa o termo suspeito né, não assassino) é bem de vida, aí a história é outra. Entra na delegacia escondido. Policial fecha a porta na cara de jornalista, esconde muito bem o jovem. Sai escondido na madrugada. Uma salva de palmas!
Sobre o aspas no asterisco no estudante de medicina fica aqui abaixo reproduzido o Juramento de Hipócrates, realizado pelos médicos no ato de formação (forma resumida):
"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.
Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.
Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.
A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Respeitarei os segredos a mim confiados.
Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.
Meus colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra."