Em meio a disputa nos bastidores por uma cadeira no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, após o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), começar a articular sua ida ao TCE disputando a vaga de conselheiro com o deputado estadual Flávio Kayatt (PSDB) e o secretário de fazenda e deputado federal licenciado Márcio Monteiro (PSDB), a conselheira do TCE Marisa Serrano já avisou que só entra com o pedido de aposentadoria da Corte de Contas, quando tiver a certeza de que Monteiro irá ser indicado como conselheiro.
Marisa Serrano completou 70 anos em junho deste ano, mas pela nova legislação pode ficar no TCE por mais cinco anos até se aposentar de forma compulsória. Em entrevista anterior, Marisa já havia admitido que vai solicitar a aposentadoria no início de 2018, para dar tempo de finalizar os processos em que ela está relatando.
Diante deste imbróglio e indefinições que se transformou a sucessão de vagas ao TCE, já corre aos quatro ventos que Marisa mandou avisar que não tem pressa de pedir a aposentadoria e que só vai acontecer quando garantirem a ida de Márcio Monteiro ao TCE, mesmo que seja na sua cadeira.
Monteiro e Kayatt são cotados para irem ao Tribunal de Contas desde que o governador Reinaldo Azambuja tomou posse em 2015. A única vaga de indicação do governo do Estado é atualmente ocupada pelo conselheiro José Ricardo Cabral. No final de 2014, Cabral entrou com pedido de aposentadoria e o ex-deputado Antonio Carlos Arroyo foi indicado no lugar. Entretanto, a Justiça suspendeu a aposentadoria de José Ricardo e a nomeação de Arroyo.
O interesse de Mochi na vaga do TCE surgiu recentemente, após os planos de ser vice de Azambuja em uma possível aliança entre PMDB e PSDB não foram para frente. O ex-governador André Puccinelli será o novo presidência da sigla, assumindo as articulações políticas, buscando viabilizar candidatura própria do PMDB.