Com orçamento de pouco mais de R$ 6,7 milhões em 2015, a Emha (Agência Municipal de Habitação) gastou cerca de R$ 4,62 milhões somente com despesas de pessoal, o equivalente a 68% do total recebido pela pasta.
A situação ficou ainda mais crítica com o inchaço da folha, para cerca de R$ 4,69 milhões em 2016, enquanto o orçamento passava por uma redução brusca, caindo para R$ 6,2 milhões. A proporção ficou em 74% do total do orçamento para pagamento de funcionários, efetivos e comissionados.
É como se a agência, que funciona quase que exclusivamente com recursos repassados pela União e pelo Governo do Estado, funcionasse apenas para intermediar o dinheiro que seria investido na construção de casas populares. Assim não é de se estranhar o descaso com as famílias removidas da favela Cidade de Deus.